Señor Lopetegui,
Calma. Nada está perdido. Havia muita malta a botar fé (vai aprendendo expressões nortenhas, precisas delas para ficares cá alguns anos) no Braga e na possibilidade de terem ido ontem à capital do império sacar uns pontinhos ao benfas, mas não aconteceu e ninguém morre por causa disso. Ainda faltam muitos jogos e acredito que os rapazes ainda se vão esticar ao comprido um destes dias. Just watch.
Temos é de continuar o nosso percurso e não olhar para trás. Não pensar que está tudo feito e tudo conquistado e que podemos agora descansar porque estamos nos quartos da Champions e yadda yadda e o campeonato está perdido e aqui d’el rei que nos pilharam pontos ou que ofereceram pontos aos outros. Isso é tarefa para a retórica dos Gomes das Silvas deste rectângulo ao lado do teu país e que já começas a conhecer e a detectar as manhas dessa turba. É preciso continuar depois da sequência mais complicada de jogos da temporada e enfrentar a próxima sequência de jogos que ainda vão ser mais complicados. Porque se os de grande nome foram abaixo, não penses que os próximos vão ser fáceis. O Arouca é uma equipa com capacidade inferior aos que enfrentaste antes, mas uma pequena falha contra estes e cai-te o Carmo e a Trindade em cima (mais uma expressão lusa, esta não é cá do Norte mas também a aprendes que te faz bem) e não sabes para que lado de hás de virar.
Vais entrar em campo com uma defesa diferente. Ricardo à direita, Indi e Marcano ao meio, Alex na esquerda. É assim, não é? Não inventes muito, rapaz, e olha que tirar o Evandro da equipa para entrar o Óliver até pode parecer boa ideia mas pensa bem se vale a pena. O teu conterrâneo já está porreiro do ombro senão não o tinhas convocado contra o Basileia, mas talvez seja melhor manter o meio-campo as-is. E na frente, idem aspas (isto hoje é só expressões populares, carago!) para o Aboubakar, se ainda tiver pernas, mais Brahimi e Tello. Seja quem for, que tenha pernas!
Uma vitória, nada menos, para continuarmos a chatear os moços da frente.
Sou quem sabes,
Jorge