Comparar o incomparável

FC Porto 3 0 V. Guimarães    Supertaça 2013    Ficha do Jogo    zerozero.pt

Este foi o onze do FC Porto no primeiro jogo oficial da temporada 2013/2014, na vitória por 3-0 na Supertaça perante o Vitória de Guimarães. De todos os nomes que figuraram na equipa titular, apenas Alex Sandro e Jackson farão parte do (previsível) onze que vai arrancar esta nova época na sexta-feira perante o Marítimo, no Dragão. No banco estavam ainda três elementos que serão, também com algum grau de previsibilidade, titulares no primeiro jogo do FC Porto 2014/2015.

Um ano depois, uma equipa completamente refeita, treinador novo, mentalidade nova. Nós, os adeptos, esperamos grandes feitos depois de um investimento claro em jogadores “feitos”, com curriculum e alguma experiência em campeonatos mais ou menos competitivos mas que podem oferecer qualidade individual que a equipa ainda não possui e provavelmente não irá agregar nas próximas semanas ou meses.

Não é fácil construir uma equipa do nada. Podem juntar onze Messis em campo. Dez, pronto, porque ter um anão driblador na baliza é tão mau como o Artur, mesmo que defenda penalties fora da linha, convenientemente votados ao esquecimento pelos nossos queridos media (nem uma piada sobre o assunto fizeram, esses malandros). My point is this: não esperem grande coisa nos próximos tempos. A equipa sofreu uma revolução ao nível do que sucedeu na chegada de Mourinho ou no ano de Adriaanse, por isso vai demorar algum tempo para as rotinas serem estabelecidas, para os jogadores se conhecerem bem e para o treinador assentar ideias. Até lá, só podemos apoiar e não criticar as opções, sejam elas quais forem. Como de costume, o dia do julgamento virá mais tarde.

Mas uma coisa é certa: se compararmos aquele onze com o deste ano, há muitos mais pontos de interrogação em Agosto de 2014 que haveria no mesmo mês do ano passado…

8 comentários

  1. Eh pah esta ideia vaga de que não e fácil construir uma equipa do suposto nada é tao enganadora, ouve-se tanto portista e não-portista a falar nisto, que dá ideia que os jogadores da época passada é que eram bons e rotinados e que o Paulo Fonseca tinha mesmo uma “equipa”!
    Vamos la esclarecer isto (se é que ainda entendo alguma coisa de futebol) jogar em equipa “ou fazer uma equipa” e tão fácil quanto a qualidade de jogadores que constituem o plantel, é muito mais fácil o treinador impor ideias aos jogadores e criar alternativas taticas quando há jogadores de qualidade!
    A vertente psicológica é o único entrave, quando os jogadores se estão a borrifar para o treinador ou estão desmotivados por qualquer outra razão, a capacidade de gerir o balneário é fundamental para o treinador!
    Ora eu não vejo nem me apercebi de jogadores sem vontade de jogar no FCP e não vejo que tellos, brahimis olivers casemiros venham para o clube para “armar o barraco” com o treinador, e não me parece que lopetegui esteja para aii virado, ate porque alguns (a acreditar na imprensa) foram escolha dele!
    Para acabar relembro nesta questão de fazer equipas ou não conseguir fazer equipas que lopetegui era treinador de selecção e por ai acho que não há mais nada a esclarecer para bom entendedor!
    Saudaçoes

    1. ou seja, para ti os gajos aparecem e magicamente conhecem-se e entendem-se a jogar juntos, muito embora nunca o tenham feito no passado. por essa ordem de ideias, qualquer equipa que contrate 40 gajos novos, desde que sejam bons, criam automagicamente as rotinas de jogo para ser campeã. yeah.

      1. Até percebo onde o SDF quer chegar e até nem discordo de todo. Na minha opinião o ideal será algo a meio caminho das vossas opiniões.

        Quando se trata de jogadores deste nível, espera-se que tenham anos de formação, tenham experimentado inúmeros esquemas tácticos e jogado ao lado de inúmeros jogadores com estilos de jogo distintos. Sendo o caso, não esperaria que demorasse meses até se adaptarem aos novos colegas e ideias do treinador, pelo menos até ao ponto de termos futebol suficiente para sermos melhores do que 90% das equipas do nosso campeonato. Isto tendo em conta que o talento natural dos jogadores e o número de soluções do nosso plantel é claramente superior ao dos dessas equipas.

        Quando a qualidade é mais semelhante (leia-se, nos jogos da champions ou contra Benfica e Sporting) aí sim a equipa mais rotinada e trabalhada normalmente leva a melhor.

        Agora quando não há um plantel de qualidade, como era o nosso caso no ano passado, muito dificilmente um grande treinador consegue fazer uma grande equipa. Com um treinador como Paulo Fonseca, então, teria sido mesmo um milagre.

      2. Essa interpretação é abusiva do que eu escrevi por isso também vou responder de forma abusiva!
        Então para ti uma selecção seja ela qual for nunca pode jogar bem e em equipa no teu entender , visto que uma selecçao é constituída por jogadores de equipas diferentes com sistemas tácticos diferentes a jogar juntos e que por vezes nunca se conheceram nem nunca jogaram juntos!
        Magia?”yeah”
        Ha uma coisa chamada “treinos” nas equipas de futebol que se fazem durante a época e pré época, que dizem que serve para os jogadores “treinarem” eu não sei o que fazem la nesses “treinos” mas há quem diga que os bons treinadores se distinguem também pelos métodos que usam nesses mesmos “treinos” mas se calhar era melhor arranjar um magico!
        Se calhar os jogadores de equipas profissionais conhecem-se em pleno jogo tipo aquelas futeboladas na rua em que joga quem aparecer, sei lá eu acho ate que não percebo nada de futebol só quis dar a minha opiniao!

        1. não sejamos hiperbólicos. uma equipa joga bem depois de aprender a jogar como equipa. e isso demora o seu tempo, não acontece numa semana ou em três, raios, às vezes nem sequer chega a acontecer! e eu sou um pessimista por natureza, o que me leva a pensar que é preciso sempre mais tempo do que o previsto para que as coisas sejam trabalhadas em condições. e quando isso acontecer…serei o primeiro a dar os parabéns.

          quanto a perceber de futebol…não são muitos os que podem dizer que percebem. eu ainda estou para entender se um duplo-pivot funciona em campo desde o ano passado e até agora, nicles ;)

    2. Aquilo que acabas-te de responder foi de fazer um plantel e não uma equipa…

      Fazer uma equipa é meter toda essa qualidade a movimentar-se junta, fechar-se junta, abrir junta, atacar, defender e fazer pressão junta.

      Que as linhas estejam subidas ou descidas mas todos juntos, que os passes para a direita não vão para a esquerda, que os passes em profundidade não tenham um receptor que se posiciona para os receber curtos, etc.. etc…

      isto é que é uma equipa e é isto que demora o seu tempo a desenvolver, contudo não estou tão pessimista como o Jorge, pois temos um grande numero de titulares, pelo menos de inicio, a transitar da época passada… dos 10 jogadores de campo 6 deverão ser da época anterior e isso dá alguma rotina e menos situações de desentendimento, enquanto que os restantes atletas se vão incorporando devidamente e atempadamente na equipa.

  2. Uma lógica esclarecida pelo Simões no programa de domingo à noite, na sic n. Enfim… Não podemos confundir inteligência de jogo ,que facilite a aprendizagem com virtuosismo técnico com rotinos. Afinal de contas, ninguém nasce ensinado…

  3. Uma lógica esclarecida pelo Simões no programa de domingo à noite, na sic n. Enfim… Não podemos confundir inteligência de jogo, que facilite a aprendizagem, ou virtuosismo técnico, com rotinas (os tais automatismos). Afinal de contas, ninguém nasce ensinado…

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