O jogo faz-me lembrar talvez a mais famosa e mais vezes citada estrofe de T.S.Eliot, que finaliza o poema “The Hollow Men”. E ouso parafrasear o homem:
This is the way the season ends
This is the way the season ends
This is the way the season ends
Not with a bang but a whimper.
As últimas notas da temporada, já aqui por baixo:
(+) Ricardo. Rápido, razoável tecnicamente e com vontade de correr pela linha e de combinar com o lateral em alta velocidade, sempre com a cabeça na área e em meter lá a bola o mais depressa possível. Esteve esforçado enquanto teve pernas e acabou o jogo cansado de tantos piques fazer para ajudar os colegas da defesa. Não consigo dizer que Ricardo tem capacidade para ser titular no FC Porto 2014/2015, mas garanto que em dezenas de jogos no FC Porto 2013/2014 devia ter tido oportunidade de jogar, especialmente quando me lembro da inutilidade de Varela durante grande parte da época e a ausência de alternativas de maior nome e que dessem garantias de produtividade.
(+) Mikel. Tremeu-lhe um bocado o traseiro no início do jogo, onde não fazia mais nada senão servir como parede durante a construção ofensiva. Gradualmente foi-se soltando e mostrou que pode perfeitamente ser um elemento do plantel da próxima época. Tem vindo a evoluir bastante na B (vejo todos os jogos que posso e ando impressionado com o rapaz) e se melhorar no passe e na movimentação ofensiva pode ser uma excelente alternativa a Fernando…ou no caso do Polvo sair, talvez até um pouco mais.
(+) Herrera, enquanto teve pilhas. O rendimento de Herrera não foi nada por aí fora, mas foi o suficiente para me continuar a dar alguma esperança que o rapaz ainda possa vir a dar alguma coisa. Tem bom critério no passe e quando tem algum espaço para jogar consegue rodar a bola para os sítios certos, com a dose adequada de força e precisão. Quando está pressionado, o tempo de decisão é demasiado alto e vê-se à rasca para ser útil. A condição física também é duvidosa, porque consegue durar menos que Raul Meireles…correndo metade da distância.
(-) Só dois golos contra uma espécie de Benfica. Não procurava uma goleada, sabia que era quase impossível tendo em conta não o valor das equipas mas a mentalidade delas. Ou, para ser mais explícito, a diferença de mentalidade. Seria um jogo dos tradicionais “para cumprir calendário”, onde ninguém está muito interessado em fazer esforços sobre-humanos ou, no caso de alguns, simplesmente humanos. E já tinha desistido de procurar por brio e orgulho junto dos nossos rapazes, tal é a destruição da moral de tantos deles que me deixou prostrado, sem reacção, sem capacidade para se encherem o peito de ar e olharem o grupo de miúdos do Benfica como se fosse uma visita de estudo de jovens virgens à Unidade Nacional de Desfloração Forçada. E era isso que gostava de ter visto, uma vitória com mais brilho, mais chama, mais alma. Foi uma vitória, mas soube a pouco.
(-) Alex Sandro. Fez uma época a um nível ligeiramente inferior a uma lesma sifilítica, com menos gosma e mais bolas perdidas. Parece ausente do jogo, distraído, sem convicção nos lances divididos, incapaz de proteger uma bola para salvar a sua própria vida e displicente nas subidas para o ataque. Vai de férias, Alex, por favor, limpa a cabeça, bebe uns choppinhos ou umas caipirinhas, traça umas gajas, trepa o Corcovado, vai ver o Irão vs Nigéria a Curitiba, faz o que te apetecer. Mas não voltes da forma que estás agora.
(-) O penalty de Reyes. Trinta jogos de campeonato, mais umas duas dezenas de taças e europas…e este rapaz que está cá desde o início da época, mesmo que não os tenha feito a todos, ainda não percebeu que não se pode pôr a controlar a bola na área quando está a ser pressionado? Bola. Com. Os. Porcos. Bem melhor fez o compatriota, que mandou um balázio às fuças do Enzo Perez em situação semelhante. There you go.
E termina a temporada com um terrível anti-clímax que serviu de pouco para lá de conseguirmos reduzir a diferença para o campeão…para 13 pontos. Ouch. Ouch mesmo.
Uma época que acaba com um Eliot merece pelo menos um comentário. :)
Abraço!
—
nuno
a malta anda desanimada…mas tu estás sempre disponível para me alimentares a alma, obrigado, meu caro amigo!
abraço,
Jorge
Jorge
Tinha opinado anteriormente,que achei o passadillo de mau gosto,so que esquecime de referir de mau gosto duplo.
Primeiro porque o porto ja tinha feito passadillo,duplo esta epoca nas taças e treinandos para saberem jogar com dez,e pela sua parte de escrever que iria marcar 3golos.
Quanto ha equipa em si , na minha visao já vem sendo ma ha umas epocas,apenas disfarçada pelo fraca oposição,de ha dez para ca so os ultimos 3meses de avb a equipa teve alguma classe tirando isso so jogava futebol amorfo,mas sempre com o consentimemto do povo do norte,este ano deu merda,portanto fica mais facil de reclamar.
Sobre a nova figura que vai ser treinador,ao contrario do se escreve, não tera o meu apoio, tera que mostrar trabalho para ser credível,e qualidade par eu o apoiar ,começando por implementar um sistema que funcione,e que depois evolua para algo mais.
Jorge da para implementar um premio novo para fim de epoca, um tal luis paulo fonseca especial
é possível, estou a pensar nessa coisa dos prémios…acho que o balanço da época este ano vai ser um bocadinho diferente do habitual…
Jorge, para quando os baias e baronis de toda a época?
em breve. estou num período de descanso pós-época :)
Já vos acompanho à muito tempo. E os vossos comentários são fabulosos. Também criei um blog para desabafar, embora numa perspectiva diferente do mainstream que tenho visto (http://reinoazulnacapital.blogspot.co.uk/). Se não se importarem vão dando uma vista de olhos de vez em quando…sugestões são bem vindas.
obrigado.
abraço e continuem.
Percebo bem porque ;)
Baroni JÁ para adeptos q já estao a torcer o nariz ao novo treinador! q otários
Rui
Baia,ai para o teu baroni,quanto a parte do otario,deve ser como os cães que a caravana passa,que eles ladram.O seja cada macaco com a sua
Quanto a treinadores, já opinei para mim a meia duzia anos queria uma dupla jose mota,jaime pacheco,quem principal não sei.
Mas não percas a obediência