Mister Paulo,
Ouço Pink Floyd enquanto te escrevo estas palavras. Há tanta pequena coisa que te podia escrever, sobre a qualidade do nosso futebol, a facilidade com que a nossa defesa parece abrir brechas do tamanho das trincheiras dos campos cinzentos de Verdun ou pela ineficácia do nosso ataque, qual nerf gun defensiva apontada ao lombo de um elefante em investida perante o teu indefeso corpo. Não me apetece forçar o pensamento triste, Paulo, a constatação que a época não está a correr como todos desejávamos e a involuntária vontade que todos temos de olhar para o que temos vindo a fazer e perceber que não temos estado à altura do clube que amamos e que tu aceitaste defender desde que assinaste contrato. Não vou alinhar por esse caminho, hoje não vou chorar as nossas tristezas. Ouço a voz do Gilmour e a sibilante melodia que ecoa da guitarra do Waters e descanso, como sempre faço quando os ouço.
E vou para o estádio, a sonhar com tempos melhores. Vou para lá como tantos outros, numa fria noite de sexta-feira em que findo uma semana de trabalho intenso, cansativo, pesado para os olhos e para a mente, e imagino que vou ver um jogaço. Que vou entrar no estádio e verei um equipa de azul-e-branco a brilhar na verde relva que ocupa a zona central do Dragão. Vejo um pseudo-Milan do outro lado. Vejo um Balogun, um Diakhité e um Dionisi e penso que vejo Gullit, Rijkaard e Van Basten a praticar do melhor futebol que os automatismos de Sacchi trouxeram ao mundo. Vejo um ogre de preto e vermelho a ameaçar o nosso destino, mas olho para as nossas cores e imagino-os a triunfar com genialidade, garra, querer, raça. Vejo um Porto à Porto, vejo vitória e audácia. Quero sair do Dragão a ouvir cânticos de glória, um regresso a um passado tão recente em que cantei, gritei, vibrei.
E a voz de Gilmour continua a cantar o Fearless, com a guitarra do Waters em fundo a soar tão bela nos meus ouvidos. E só penso que o último jogo do ano tem de ser em grande. Anda lá, Paulo, ouve comigo, canta comigo e vence para mim.
Sou quem sabes,
Jorge
Jorge,embora a situação esteja “Blue skies from pain” , o Dragão “wish you here”
e lá estarei “in the flesh”, “having a cigar” enquanto espero ficar “confortably numb” e que não haja “brain damage” nem nenhum “eclipse”. isto dava para um post inteiro, porra :)
Há duas coisas que me deixam extremamente chateado:
1ª a hora do jogo:
Um jogo em casa as 19horas de uma sexta-feira. Pensei que o futebol vivia de espectadores, vivia de adeptos, mas vendo este horário fico com a certeza que o mais importante são os jogadores que ganham uma pipa de massa, jogadores esses que joguem bem ou mal no final do jogo pegam as suas coisinhas e vão passar uma boas férias de Natal. É assim o futebol por cá… e com isto é me impossível ver o jogo.
2º não convocar nenhum lateral da B.
Com Garcia e Quiñones na B é para mim inacreditável nenhum ser convocado, jogadores que quando foram chamados foram boas surpresas. O Porto vai jogar em casa com a pior equipa da Liga com um central a lateral, porque simplesmente os produtos da ‘B’ parecem não servir. São escolhas… para mim impensáveis!
Péssima hora do jogo MESMO, e azar tremendo, moro no sul e vou de férias hoje para cima e nada como parar no estádio do Dragão para poder ver um jogo lá este ano, mas como é às 19h e eu vou arrancar agora nada feito…. Se fosse às 21h teria o prazer de lá ir…..
Eu se fosse o Quino ou o Rafa bazava para outras paragens, e/ou dava um tiro nos cornos.
Isto de adaptar um central a lateral em casa contra o Olhanense so tem 2 interpretacoes:
– ou o treinador nao tem um par de pomodori entre as ganchetas
– ou as alternativas sao pessimas
Apesar de nao conhecer muito bem o Quino e o Rafa, aposto mais na primeira opcao.
Nao ha justificacao para nao apostar em jovens – a nao ser que eles nao valham corno. Se queremos tornar o nosso modelo mais sustentavel e regressar um pouco aos tempos em que eramos efectivamente “Porto”, tem que se apostar mais em jovens com potencial. Especialmente estando nos perante uma das melhores geracoes das ultimas decadas (em potencia) – Toze, Andre Silva, Goncalo, Rafa, etc…
E por favor homem, mete o Kelvin de inicio! O Varela e o Lica sao ambos a identica fraca solucao para o mesmo problema.
Uma prosa brilhante, teria que ter uma banda sonora de génio.
Esperemos que hoje tenhamos um ” great gig in the sky”
Um consócio.
Concordo com o erro que é não convocar pelo menos um lateral da equipa B. Ou então, no mínimo, convocar o Reyes, para não termos de rezar para que nenhum dos defesas se lesione. (Atenção ao Murphy…)
Mas também sei que ter 3 centrais na área adversária pode ser bom para aproveitar bolas paradas a nosso favor (E também defender melhor as nossas, num lance que poderá ser aposta da parte deles), além de libertar mais o Danilo para o ataque, ele que é dos melhores assistentes da equipa.