Welcome back, FC Porto. Mais ou menos. A festa foi porreira, alegria nas bancadas, o estupor do dragão a fazer barulho durante vinte minutos, a saudação aos novos e aos antigos, a recepção ao treinador estreante, a simbiose de euforia e boa disposição que faz dos inícios de época um bom momento para todos os presentes. Mas eu, em casa, só vi um jogo tristonho, com jogadores empenhados mas cansados, a precisar ainda de suficientes sessões de treino para se poderem unir de uma forma condizente. Gostei de algumas coisas, não gostei de outras. Vamos a notas:
(+) Lucho. Continua a ser o mais inteligente dos jogadores do FC Porto, pela forma como está em campo e como coordena a manobra da equipa. Se vai continuar a jogar naquela posição, de desgaste permanente e de pressão constante quase na área contrária, vai-se queimar rapidamente mas acaba por compensar com a grande maioria dos passes certos na altura certa que insiste em completar. Bem-vindo de volta, Comandante.
(+) Fucile, a defender. Esforçadíssimo, a mostrar que está pronto para jogar tanto do lado esquerdo como do lado direito da defesa, sempre ao mesmo ritmo, que neste momento não é ainda muito mas espero evolua num futuro próximo para níveis habituais, pelo menos há uns anos atrás. Não lhe correram bem as coisas no ataque, mas esteve bem defensivamente e fiquei satisfeito pela recepção que teve da parte dos adeptos.
(+) A terceira camisola, apesar de não gostar do design. A manobra de marketing é lógica e peca por tardia. No ano passado, depois do jogo em Zagreb, a terceira camisola em tons de branco causou um impacto tão grande nos adeptos que a preferiram em grande escala quando comparada com a alternativa “oficial”. Este ano, para celebrar os 120 anos da nossa fundação, a Nike e o FC Porto decidiram avançar com mais uma peça de merchandising logo de início e espero vê-la à venda nas Lojas Azuis muito em breve. Não sou o maior fã do design (não sou fã de grandes inovações em termos de layout, mas parece-me…simplista em demasia) mas aprovo o processo.
(-) Muitas falhas defensivas e poucas chances criadas. Sim, eu sei que é início de época e a concentração não é a melhor. Some-se uma equipa ultra-defensiva e uma segunda parte com montanhas de alterações e temos um caldinho para a ineficácia que nos transformou em mais latinos que nunca. Mangala e Otamendi tiveram falhas grandes, mas também Maicon e Fernando estiveram desconcentrados atrás. Na frente, Iturbe falhava cruzamentos como se tivesse tantos anos quantos estão estampados nas costas, Josué tentava passes a mais com pontaria a menos, Kelvin não passava por um único adversário e Varela…esteve ao nível de há dois anos atrás. Há muito tempo para trabalhar e sangue para oxigenar, mas é de início que se devem começar a mostrar boas coisas, para evitar que os adeptos mais nervosos…se enervem nas piores alturas.
(-) Kelvin, pela atitude em relação a Nolito. Talvez pense que não fez o suficiente para se tornar um ícone dos adeptos no ano passado e ache que será assim que vai continuar a somar pontos, com aquela atitude parva de quase agredir um ex-jogador do Benfica. Não foi digno, sinceramente, e mais parecia um miúdo birrento num jogo de rua. Se fosse o Paulinho Santos a fazer aquilo, até o perdoava, porque sempre agiu da mesma forma e só seria fiel ao seu estilo e coerente com a atitude. Kelvin, por outro lado, não é gajo para aqueles festivais. Podia ter estragado o espectáculo.
No fundo, foi mais do mesmo para jogos de apresentação. Raramente a equipa está em níveis aceitáveis, o entrosamento ainda falha, há muitos passes falhados e o onze-base ainda nem estará decidido. Nesta altura exige-se trabalho e não grandes resultados, muito menos grandes exibições. Vamos ter uma época inteira para isso…
Honestamente estava a espera de mais.
Um golo em fora-de-jogo, 2 jogadas bem desenhadas. Uma defesa mediocre. Um ritmo lento, em que a bola antes de chegar ao ataque tinha de passar 10 vezes por Fernando/defour, castro/fernando/josue.
Desilução.
ADENDA:
Sim é pré-época, mas o estilo ficou patente.
O prolema no fundo é o seguinte: o que eu criticava no vítor pereira era o jogo lento, o que aparentemente é para manter.
Se não fosse o FCP, divertia-me mais a ver um jogo da 2ª liga inglesa. Esperemos que não seja sempre assim.
Quando vi que não tava la Josué nem Licá deixei de ver!
Foi um jogo de preparacao muito mal pensado. Escolheram faze-lo ja depois de muitos jogos de preparacao em cima das pernas, o adversario foi tao mal escolhido quanto o expoente defensivo que levou para o Dragao, defendendo com 11 homens, literalmente. O cansaco notava-se quando em contra-ataque, essa equipa banal de Vigo trazia perigo em transicoes directas e rapidas em 3/4 toques. Os jogadores nao estavam so cansados, havia ali uma desinspiracao enorme. E tivesse Quintero entrado mais cedo teria mostrado porque razao vai ser o 10 titular no final desta epoca, senao mais cedo!
E a maneira como receberam os vossos convidados? À pedrada? Ou apenas o habitual?
http://www.lavozdegalicia.es/noticia/celta/2013/07/30/amistoso-acaba-pesadilla/0003_201307V30P43994.htm
não estive lá por isso não posso comentar. mas é sempre curioso receber este tipo de notícias…e depois ler o outro lado: http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/2013/07/tochada-sd-e-cobardia-dos-celtarras.html
sugeria que lá desse um salto, mas temo que tivesse o efeito de água benta em gente possuída. cuidado, ainda se pode magoar um dia destes com o whiplash mental.
cumps,
Jorge