São sempre uns dias mais tristonhos os que se seguem a uma não-vitória do FC Porto. As cores parecem menos brilhantes, as nuvens mais negras, os vizinhos menos amigáveis e a mamalhuda do tasco da esquina menos cativante. Tudo perde fulgor, ânimo, entusiasmo, tanto que toda a alegria de duzentas escolas de samba a passar na obra do Niemeyer no Rio podem animar o mais efusivo dos adeptos portistas. A vida transforma-se numa enorme quarta-feira de cinzas que se prolonga por dias sem fim.
E por muito que me esforce, raramente consigo olhar para futebol da mesma forma durante esses dias. Falta-me a força moral de pensar em tácticas e desenvolver estratégias mentais, escolher jogadores para o próximo confronto ou ler sobre os treinos, o regresso ao quotidiano de uma equipa que partilha comigo a ambição de ser sempre mais, sempre vitoriosa, sempre grande. E não deixando de a ser, perde um pedacinho de brilho nessa grandeza nesse espaço em que deixa de poder olhar para trás e ver que venceu mais um jogo.
É sempre um dia mais tristonho o que se segue a uma não-vitória do FC Porto. E é por isso que temos de voltar a vencer rapidamente. A próxima oportunidade é já na sexta-feira.
Jorge,
Obrigado por escreveres tão fielmente aquilo que sinto depois de uma não vitória do nosso Porto. Palavra por palavra…
Abraço, e que sexta-feira chegue depressa (como se não houvesse já poucas razões para tal desejo… )
…”E é por isso que temos de voltar a vencer rapidamente. “…
É isso mesmo !
Abraço
eeeiiiich!
’tás a precisar de sair de casa, ‘man!
mesmo!
bute lá leBantar esse astral*, car@go!
(não é um eufemismo. mas se for, que a «mamalhuda do tasco da esquina» colabore :D )
abr@ço
Miguel | Tomo II
Esta coisa de nos ler e reproduzir o que nos vai na alma chega a ser assustador, caro Jorge.
não faço de propósito, meu amigo…;)