Olhem bem para a fotografia acima, que me foi enviada por um amigo (obrigado, Manuel!). Se não me engano, foi colocada no twitter de Falcao no dia 20 de Abril de 2011, alguns minutos depois de um momento de glória garantido em pleno Estádio da Luz. Não acredito que haja um portista vivo que não se lembre desse jogo em que demos a volta a uma pesada derrota por dois a zero no Dragão, vencendo fora por três a um e garantindo a passagem à final da Taça, que também vencemos.
Olhem agora para os rapazes que posam para a posteridade. Um português, um colombiano, um brasileiro e dois uruguaios. Todos, até Cebola, eram presenças habituais no onze que conquistou quase tudo o que pôde nessa inesquecível temporada. Hulk e Falcao, figuras principais de um ataque demolidor; Moutinho, a gerir o meio-campo com a atitude de um vencedor; Álvaro, sempre a abrir pelo flanco esquerdo; e Cebola, que lutava mais do que produzia mas estava lá, intermitente mas sempre esforçado. A pluralidade de nações e estilos uniam-se com o brilho de uma equipa que lutava como uma só, com garra, vontade, harmonia e excelente futebol.
Foi há dois anos. Há dois anos. Compreendo que é perto de impossível manter um plantel estável num clube como o FC Porto, com a filosofia de compra/valoriza/vende que tem sido pivotal na capacidade negocial no mercado de transferências e na manutenção de plantéis competitivos independentemente dos jogadores que os compõem. Mas não deixo de me sentir triste ao ver que algumas das figuras que nos habituamos a aplaudir, a criticar, a analisar, a conhecer…tantos deles saem do clube e nos deixam sem hipótese senão conhecer novos talentos e começar tudo de novo. Já não é sequer uma questão de saudosismo bacoco, apesar de não esconder a minha faceta que aplaude os valores do passado com o mérito que eles fizeram por ganhar. Gostava só de ver jogadores a ficarem no FC Porto durante mais de três anos e que consigam dar as mesmas alegrias aos adeptos com a sua própria alegria a jogar. Neste momento, aponto Helton, Fernando e Lucho. O resto são tudo rapazes com cifrões em cima. Sic Transit Gloria Mundi, ao que parece.
Olhem de novo para a fotografia. Quantos deles vêem no plantel 2012/2013? E já agora, se me permitem, quantos acham que vão ver no plantel 2013/2014?
O Belluschi teria ficado mais tempo se não o tivessem mandado embora… Tal como o Sapunaru ou o Fucile. Esses dois então, sentiam bem a camisola, isso ninguém pode negá-lo. Com uns miolos a menos, é certo, mas sentiam!
Boa tarde,
E comparem o “fisico” do Rodriguez com o que apresentava na última época ao serviço do FCP e também o apresentado nesta época ao serviço do AM, obviamente d´para perceber que andou a “pastar” na última época.
Alguns sulamericanos chegam ao FCP com o sentido de passagem, quando não conseguem esses objetivos (no timing que querem) metem férias
Bem, vamos voltar ao Libras Boas e à sua saída… acredito piamente que se ele tivesse ficado se tivesse começado uma nova era. Era essa nova era, a vontade do presidente ( à qual se juntaria o museu) de transformar o porto num manchester ou assim…
Há-de chegar um dia.
(Talvez também quando o presidente deixar de ter tantos interesses em casa, e se poder dedicar a museus…)
Entretanto, e ao que aqui foi dito nos comentários, gostaria de acrescentar que certos jogadores – como Sapunaru – às vezes acham que estão acima do clube ou do treinador.
Não adianta sentir a camisola; é necessário ter disponibilidade, nem que seja para acabar com maus costumes fora de campo…