Fecho os jogadores com os pontas-de-lança. Em frente, companheiros:
KLÉBER
Herdar a camisola nove não é fácil, mas parece que a onze também não. Kleber entrou a medo e com uma titânica pressão em cima dos ombros que nunca conseguiu sacudir nem fintar, muito à imagem do que fez em campo contra os defesas contrários. Sempre que o via pensava aquilo que um adepto crente nas boas opções dos dirigentes do seu clube pensa: “Ele vai atinar, o puto vai atinar!”. Mas nunca atinou. Meses após meses se passaram sem que Kleber conseguisse atinar. Com a baliza, com os colegas, com a relva, com a bola, com tudo. Boa vontade? Sim, definitivamente. Alguma técnica? Certo. Instinto de goleador? Meh, mais ou menos. Nervosismo? Podem apostar o escroto que sim. Kleber não é Falcao, percebamos isso de uma vez por todas. E foi comprado para evoluir ao lado de Falcao, para aprender e servir como uma alternativa digna no caso de ausência do colombiano. Mas Falcao decidiu sair para Madrid e a opção, muito à imagem do que foi feito com o treinador, foi a de apostar num cavalo desconhecido. Correu mal. E agora? 2012/2013 é “vai ou racha” para o brasileiro, porque a época que agora acaba não foi boa. Longe disso.
Momento Baía: Marcou um golo ao Benfica no Dragão, mas os jogos fora contra Leiria e Rio Ave foram os mais produtivos.
Momento Baroni: Montanhas de jogos em que andou inconsequente a galgar relva sem que produzisse um mínimo de lances de perigo para a rede adversária.
Nota final 2011/2012: BARONI
WALTER
Alguém se lembra dele? Depois de tanto se falar de Kleber e actualmente de Janko, parece tão longínqua a utilização de Walter na equipa do FC Porto e ainda mais estranho perceber que em determinadas alturas da primeira volta o enorme carequinha chegou a ser pensado como alternativa ao ex-Marítimo. Alguns jogos a titular em Outubro de 2011 puxaram o ânimo de tanto portista para cima mas a moral foi curta e vivida com pouca paixão. Walter nunca convenceu treinador e adeptos e foi despachado de volta para o Brasil. Teve problemas pessoais, que não ajudaram a subir a rentabilidade em campo mas é uma das grandes apostas furadas dos últimos anos.
Momento Baía: Os quatro golos ao Pêro Pinheiro para a Taça.
Momento Baroni: O peso. É impossível para um jogador de topo ter aquela quantidade de gordura e continuar a ser um jogador de topo.
Nota final 2011/2012: BARONI
JANKO
O pinheiro austríaco chegou e pôs todos com dúvidas. Não podia jogar na UEFA mas vinha com nome de goleador, tinha ar de bom rapaz mas a capacidade técnica de um guaxinim alcoolizado e uma altura que deixa sempre toda a gente sem confiar a cem por cento no potencial de se adaptar a um jogo “à latina” como todos gostam de dizer que fazemos. A questão é que Janko chegou em Janeiro e não tendo tido o impacto de um Jardel (cinco golos em doze jogos não é muito…), a verdade é que esteve acima de um Mielcarski ou um Quinzinho. Não imagino se Janko ficará no plantel para 2012/2013 mas a verdade é que a experiência do rapaz pode vir a ser uma mais-valia em alturas complicadas. Porque a altura dele pode complicar. O adversário. Com a altura. Já falei na altura dele?
Momento Baía: O golo ao Nacional na Madeira. É para aquilo que se quer um ponta-de-lança!
Momento Baroni: Diversos lances com falhas em cima da linha de golo. Lances demais.
Nota final 2011/2012: BAÍA
Mais uma pequena nota para…chuiff chuiff…Falcao, que como Ruben Micael fez os dois jogos contra o Guimarães…we miss you, please come home!