Um novo começo. É isso que os tolinhos que hoje vão ao Dragão (incluo-me nesse lote porque sou, como sabes, um pouco demente) apanhar frio no lombo na esperança de ver um bom espectáculo. Em alternativa, uma vitória para purgarmos o fedor da ignomínia de apanhar três do Gil Vicente na semana passada. Brrrr. Vês, até tremo com a recordação da noitus horribilus de há oito dias, Vitor. Foi mau, tu sabes que foi mau e por muito que atiremos as culpas para o Paixão, que admito ter a sua quota parte em particular naquela atitude irritante de expirar e inspirar todo o dia, todos os dias.
E exactamente por ter sido mau é que preciso de ver a minha equipa a jogar decentemente. Estou convencido que vais dar a volta à cabeça dos teus rapazes e vais-nos dar um novo arranque. Um novo horizonte está à nossa frente e os cinco pontos que temos atrás do Benfica podem parecer muitos mas acredita que se reduzem facilmente. Basta jogarmos o que sabemos. Hoje, no entanto, a história não é essa e a meada tem outro fio. Taça da Liga. Porra.
Lucho e Janko? Deixo ao teu critério. Mas se estás a pensar naquela dicotomia entre o “agradar os adeptos ao pôr os gajos a jogar e assim admito que me faltava mão-de-obra” e o “não jogam porque ainda é cedo e eu é que sei e ponto final!”, dou-te um pequeno conselho: com a equipa no estado que está e a periclitância de apoio dos adeptos, apostava honestamente em avançar com os moços. É certo que corres o risco das coisas ainda não estarem oleadas ao ponto de funcionarem às dez mil maravilhas, mas e se os gajos até jogam bem? Já viste que boost de moral davas à malta? Era bem bonito, sim senhor.
Acima de tudo tens a oportunidade de provar que não estamos mortos. Levanta-nos como Cristo fez a Lázaro.
Sou quem sabes,
Jorge