Baías e Baronis 2010/2011 – Falcao

 

foto retirada do record

Época: Como é que se descreve uma temporada do nível que Falcao fez desde Agosto de 2010? Podia citar os quase quarenta golos que apontou. Ir buscar as dezenas de artigos que foram escritos a louvar a capacidade goleadora do nosso Radamel. Podia até citar montanhas de opinadores, analistas, treinadores, jogadores, agentes, velhos e novos, todos a elogiar os feitos do colombiano. Chegava o camião de estatísticas que provam que foi um dos melhores jogadores da Europa na época que agora terminou. Decidi, como fiz para o compatriota Guarín, ir buscar um texto que escrevi sobre ele depois do “poker” ao Villarreal: “Quatro golos. Quatro lanças, quatro facas, quatro patadas, quatro tacadas. Quatro vezes me fizeste saltar em euforia nas bancadas hoje no Dragão, distribuindo high-fives pelos meus companheiros. E a cada um desses pulos de puro êxtase futebolístico, só conseguia pensar: que privilégio é ver-te a jogar ao vivo. Assistir às desmarcações, às fintas de corpo, aos remates e aos cabeceamentos que fazes e continuas a fazer. Já levas quinze golos marcados na Europa esta temporada e gostava muito de te ver a fazer qualquer coisa de parecido na próxima com a nossa camisola. Uma vénia para ti. Uma não, perdão: quatro!”. Falcao é dos melhores pontas-de-lança que já vi jogar. Ponto.

Momento: Complicado, complicado…escolher só um é difícil, e por muito que o golo da final de Dublin tenha sido histórico porque nos deu a vitória na competição, acho que opto pelo jogo contra o Villarreal no Dragão. Foram quatro golos, qual deles o melhor, e que representam a globalidade dos artifícios que Falcao tem para dar ao futebol: um penalty, um golo de oportunidade e posicionamento, um de cabeça em voo cheio de força e outro de cabeça com colocação perfeita, quase sem saltar. Todos eles bonitos, todos eles perfeitos.

Nota final 2010/2011:

BAÍA

3 comentários

  1. É um jogador sublime. E que merece todos os adjectivos.
    Mas acho que neste momento ninguém quer falar sobre ele. Muito menos dizer bem.
    Por mim, se não sair já, juro-lhe amor eterno; se se for agora, acho que perco para sempre a vontade de admirar qualquer jogador no nosso clube mais do que aqueles 90 minutos que dura o jogo…

    Porra! Que é triste ser-se “pobre”!…

  2. Só mais uma achega: chega a doer a injustiça que estamos a fazer com todos os grandes jogadores que temos, que fizeram esta época maravilhosa, e de quem não falámos porque só os trutas vêm nos jornais… Que fique claro que o Porto é uma equipe e que Baias são todos os que trabalham e se esforçam e… ficam!

  3. É único e mostrou qualidades insuspeitas. Avançado notável que realizou uma temporada formidável, aliando a codícia dentro de campo à simpatia fora dele. Compreende-se as parangonas quase constantes nos jornais, com os sucessivos candidatos à sua contratação a salivarem pelo colombiano. E 30 milhões parecem tão pouco, neste caso…

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