Cheguei cedo ao Dragão. Com a bifana da praxe no bucho, fiz o que nunca antes tinha feito e fui esperar pela chegada do autocarro dos novos campeões nacionais. A festa estava mexida, a malta bem-disposta e a alegria pairava pelo ar, com tanta camisola e cachecol azul-e-branca que ocupava todo o campo de visão. Quarenta minutos depois, enquanto conversava animadamente com outro amigo portista, chegaram os rapazes. Falcao na frente, de braço estendido. Fiz o mesmo, bati palmas durante menos de dez segundos e retomei o caminho na direcção do estádio. Feliz, entrei e sentei-me no meu lugar. E o jogo foi o evento menos importante do dia. Vamos a notas:
(+) James Talvez tenha sido o melhor jogador da equipa hoje, acima até de Hulk. Técnica excelente, visão de jogo muito larga e abrangente, este rapaz tem tudo para se afirmar na próxima temporada como titular no FC Porto, especialmente se Varela andar tanto tempo no estaleiro…ou se Hulk fôr vendido. Algumas mudanças de flanco com grande inteligência e desmarcações perfeitas, continua a mostrar que rende bem mais no meio do que na ala. Gostei, puto.
(+) Hulk Devia ser proibido. A facilidade com que Hulk passava por vários jogadores do Paços na primeira parte era impressionante, e imagino o que deve sentir um defesa quando vê um tanque em alta velocidade a vir na sua direcção e se apercebe que só o pode parar com tanta frieza como um guarda-florestal finlandês. Marcou um, falhou mais alguns e espero que não tenha feito o último jogo com esta camisola no Dragão. É que a maneira destemida com que entrou em campo e a forma como parecia querer mostrar serviço…soou-me a despedida, sinceramente.
(+) Ruben Micael Está melhor, bem melhor do que na primeira volta. Mais solto, mais empenhado e muito menos fiteiro, distribui jogo facilmente e encaixou na perfeição no improvisado meio-campo de Villas-Boas. Só faltam mais três jogos até acabar o ano e vendo que Moutinho não deve recuperar para jogar na Madeira, será bonito vê-lo novamente a titular na ilha dele. Neste caso, literalmente.
(+) Pizzi Marcar três golos no Dragão é obra, apesar de me parecer que o segundo começa num lance em que há fora-de-jogo, o que em nada retira o mérito ao puto. Tem talento, inteligência, boas desmarcações, técnica individual acima da média e só lhe falta um bocadinho mais de fibra e poder físico para ser uma opção para regressar a Braga no próximo ano. Bom jogador.
(-) Nelson Oliveira Não sei se este miúdo tentou acertar no Moutinho. Não sei sequer se percebeu que a entrada que teve podia ter arrumado com o resto da época de um colega de profissão. Nem vou se hipócrita ao ponto de questionar se teve a noção que toda a gente ia começar a ligar o facto de ser atleta do Benfica à patada que espetou no nosso número 8. Mas o coice frontal que desferiu devia ser punida com severidade. Tanto estupor de tanto cuidado e preocupação com o eventual amarelo que Moutinho pudesse levar em Villarreal…e acaba por ficar em risco para a final por causa de uma locomotiva com pitões. Obrigado, Nelson, por fazeres com que tivéssemos de nos preocupar outra vez.
(-) Rolando Não há palavras para descrever o jogo absurdo de Rolando hoje no Dragão. Se pudesse inventar um novo cartão para a arbitragem mundial, optaria pelo cartão castanho, que seria mostrado pelo árbitro a um jogador que, como Rolando, aparentasse ter um evidente excesso de trampa na cabeça. Como se a falha que deu o 2-1 não fosse suficientemente absurda, o nosso 14 continuou a espalhar borrada pelo jogo fora, à imagem do seu colega de posto que hoje esteve melhor que ele. Chega para perceberem o quão gostei da exibição dele, não chega? Precisamos de ti em condições, rapaz, porque tu és o rapaz que põe a loucura do Otamendi em perspectiva até porque tendes a ser um gajo sóbrio, prático e simples. Hoje, não foste nenhuma delas.
Festejei com o meu povo, com os meus consócios que apoiaram a equipa que tanta alegria lhes trouxe este ano. Foi o adeus ao Dragão, um “até breve” de alguns meses que vai deixar saudades. Deixa sempre saudades. E nem Pizzi com os golos ou Nelson Oliveira com os pitões me estragaram a festa. Porque ali o que interessava era aplaudir a equipa, sentir a vitória com eles, junto deles, por causa deles. Parabéns, malta, a taça é vossa com todo o mérito!
Nelson Oliveira,sua grande besta!!! Fiquei cega com aquela entrada e confesso que perdi o sorriso para o resto do jogo(até pq depois veio o empate…).Só me animei quando vi os nossos a serem chamados um a um,a passearem a Taça e quando vi o Moutinho a caminhar sem problemas.Mas aquele Nelson entrou para minha lista negra,fazendo companhia a um sujeito que cujo nome começa por K e acaba em IS,entre outros…
Acabei a primeira parte satisfeita e ao mesmo tempo triste…bebés,a jogar assim é difícil segurar-vos pah!’Tás a oubir Falcao?Hulk? Podiam ser tão discretos quanto o Moutinho :))
Todos os anos dizemos adeus a alguma pérola(por vezes a mais que uma)e,geralmente,conseguimos compensar essas saídas,mas,pah,não me habituo,custa-me de caraças.Segurem-me aquele colombiano com o cabelo tão bonito,pelo menos,já me dou por satifeita.Mas sobre isto falo melhor quando fizeres o post sobre a anterior sondagem.
Festa bonita,em família com um troféu bem merecido e saboroso(e lindo,já agora,é mesmo bonita o raio da peça)
A festa lixou-nos o registo de vitórias, mais as 2 filiais do benfica em campo, a de paços e a do cosme.
Não consigo evitar sentir um enorme saudosismo do estádio das Antas, sobretudo nestes dias, não consigo…
É bonito ver o reconhecimento ao puto que algumas vezes esquecias de colocar nos Baronis, o James é simplesmente uma peça fulcral para os próximos anos do FC Porto, o puto é ouro e nunca enganou.
Que pés, que técnica, que primor.
Não gosto nada que vá para toulon e depois para o mundial lá na colômbia, é mais um que vai perder pré-época e inicio de temporada…
O Rolando devia andar a pensar na morte da bezerra hoje, ele também tem o seu historial de asneiras grosssas, a malta é que gosta de embirrar mais com os outros… é daquelas coisas.
O homem é discreto, não berra e esta época até tem superado todas as minhas expectativas.
Mas lá que não é da estirpe dos centrais 30 milhões, lá isso não é, pode ser uma venda importante no defeso.
Não seria mal jogado. Não senhor.
O grande adversário daqui para a frente, em todas as finais que interessam, Dublin e Oeiras, é o excesso de confiança.
entre festas, com os empresários a começarem a chatear os meninos, os nomes de Braga e guimarães dão a entender que está tudo ganho…
Muito perigoso!!!
O andré que não seja tolo de meter nenhum titular para Dublin no caldeirão do lampião Pereira, o exemplo do lampião Oliveira ao menos que sirva de exemplo, eles “andem” aí…
Quem convidou um palhaço careca para a festa?
Estádio quase cheio, 48.309 espectadores, grande ambiente, grande entusiasmo, clima de festa, que teve pontos altos com a entrega do Troféu de Campeão, aos capitães Helton, Mariano e Falcao; e com o desfile dos Campeões Nacionais de Juniores de futebol e dos Campeões de Nacionais de Andebol. Enfim, estavam reunidas todas as condições para mais uma noite de alegria e o F.C.Porto se despedisse do público do Dragão, naquele que era o último jogo em casa, com mais uma vitória – e como merecia a equipa portista ter ganho este jogo!
Jogando bem e em vários períodos muito bem, o conjunto de André Villas-Boas, apesar do grande desgaste que tem sofrido, encarou o jogo com todo o profissionalismo, empenho, motivação e com jogadas lindas, triangulações fantásticas, conseguiu empolgar a sua massa adepta e chegar ao intervalo a vencer por 2-0, com golos de Falcao aos 4 e Hulk aos 42. Era um resultado certo e era o corolário de uma exibição muito bem conseguida, perante um adversário que mostrou atributos e justificou ter sido, até certa altura da época, a equipa sensação do campeonato.
Nem com o golo da equipa do Paços, no início da segunda-parte e num erro crasso de Rolando – atenção ao excesso de confiança…-, a equipa Campeã se perturbou, perdeu élan, abanou. Não, antes pelo contrário, reagiu, foi logo para a frente e rapidamente, com novo golo de Falcao, colocou a vantagem novamente em dois golos, diferença que espelhava o que se passava em campo. Só que 5 minutos após o golo do colombiano, resolveu entrar em cena um palhaço careca, que não estava convidado para a festa, muito menos para ser protagonista da festa.
Com a ajuda do seu auxiliar do lado dos bancos – é, mesmo nas barbas da tal pressão que falava o calimero Couceiro (seria o Braga ou o Parente?) -, Cosme Machado, o tal que há tempos atrás cometeu a heresia de auto-intitular o Colina português, primeiro não marcou um penalty sobre Hulk e não contente, validou o golo da equipa pacense, num fora-de-jogo que só um cego não via. Aliás, o mesmo cego, já na primeira-parte, tinha cortado uma jogada legal a James, que ficava completamente isolado para a baliza. Como se não bastasse este golo falso, uma entrada de um benfiquista aziado, Nélson Oliveira, sobre J.Moutinho, que obrigou o número 8 portista a sair de maca – felizmente a lesão não é tão grave como se temeu…-, fez a equipa portista abalar, tomar cautelas, arriscar menos, tocar mais a bola, não ser tão objectiva na procura do golo. Mas mesmo assim, o jogo estava controlado e esperava-se o 4-2, quando Pizzi – excelente jogo e três golos para mais tarde recordar -, arrancou um remate fortíssimo, ainda longe da áerea e colocou o resultado num injusto 3-3, resultado que pelo que fez durante os 90 minutos, a equipa portista não merecia. Mas quando três tristes palhacitos, querem ser figuras, às vezes a verdade de um jogo fica desvirtuada.
Um abraço
Espectáculo em quatro actos:
1º ACTO – Festa vibrante com uma enchente a condizer. Entrega do troféu saudado calorosamente. Consagração aos Campeões nacionais de futebol Júnior e aos Tricampeões nacionais de andebol. Lindo!
2º ACTO – Primeira parte do jogo em que o FC Porto caprichou em oferecer uma exibição com nota artística elevada, com momentos do mais belo recorte técnico, sob a batuta do genial Moutinho acompanhado dos matadores Falcao e Hulk.
3ª ACTO – Segunda parte de desconcentração portista inexplicável, onde se acumularam erros fatais, sob a batuta de um trio de arbitragem no mínimo incompetente (para ser simpático) que influenciou decisivamente o resultado final. A lesão de Moutinho e o seu afastamento do jogo terá ajudado a tal desnorte.
4º ACTO – Festa de consagração dos Campeões nacionais e de todo o «staff», num ambiente caloroso e entusiasta.
O meu mais reconhecido obrigado a todos os que contribuíram para mais este êxito que me encheu de orgulho e vaidade de ser portista.
Um abraço
Bom dia,
Ontem foi uma grande festa, com um estádio quase lotado, com alguns adeptos do Paços, na sua maior parte com cachecol do Paços e do FC Porto a festejarem também.
Entramos bem na primeira parte, e construímos um resultado que aparentemente nos permitiria fazer uma segunda parte descansada.
Todavia com o escorregão infeliz de Rolando (o relvado havia sido intensamente regado no intervalo, o Paços aproveita, e Pizzi marca logo no início da 2ª. parte relançando a partida.
O Porto reage e faz o 3 a 1.
Mas como não há festa sem palhaços, aparece o primeiro … o Cómico Machado, que não assinala grande penalidade sobre Hulk, e o Paços em golo irregular reduz para 3 a 2. Depois surge o segundo palhaço do encontro, de seu nome Nelson Oliveira que com uma entrada violenta põe fora de campo Moutinho lesionado. A partir desse momento o FC Porto não mais se encontrou no miolo, perdendo os equilíbrios defensivos.
Souza fez uma péssima partida, e Maicon e Rolando estiveram muito desconcentrados.
Aproveitou Pizzi (atenção a este miúdo – grande jogador)que com uma grande remate fez o empate.
E eis que surge o terceiro e último palhaço do jogo de seu nome Ozéia que nos festejos do golo fez o manguito para a bancada norte, insultando os adeptos portistas sem motivo algum para tal. Lamentável. Não sei se existem imagens. Este urso devia ser punido pela comissão disciplinar.
Quanto ao resto foi uma bonita festa no final e a equipa bem o mereceu.
Continuamos invictos e espero que na última jornada, mantenhamos a mesma situação.
Abraço e boa semana
Paulo
http://pronunciadodragao.blogspot.com
Boas!
Concordo, até porque estando no lugar ao lado no estádio a perspetiva do jogo tem sido aproximadamente a mesmo em todos os jogos! Temos pontos de discordia é certo, uns são acertivos ;) outros nem por isso, mas caro colega das tardes de futebol o cartão castanho, ficou no bolso? Estava à espera do comentário…
Abraço e para o ano voltamos a estar lá a marcar presença assidua na casa do nosso CAMPEÃO!
não leste o artigo…está lá incluído na análise ao Rolando, só não teve é a mesma intensidade que eu manifestei durante o jogo :)
Boas,
Em dia de festa tivemos uma primeira parte á altura, boas jopgadas, oportunidades e golos.
Na segunda o jogo não foi tão fluido … quer pelas desconcentrações defensivas quer pela ajuda do costume. No entanto a entrada de Belluschi veio dar outra classe ao nosso futebol, bom toque de bola e passes a rasgar.
Entendo a entrada do Mariano, era o ultimo jogo em casa, só que mais uma vez complicou muito.
Uma palavra para o Sereno, que com trabalho pode ser uma mais valia na lateral.
Um abraço
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/
Não gosto das desconcentrações e confesso que cheguei a ficar com uma certa sensação que o AVB anda soft de mais…
na minha atribuição de Baías colocaria ainda o Sereno (ainda lhe falta a qualidade no passe, mas como isso se treina acho que ele chega lá!) e quanto aos castanhos incluiria o Maicon que cá para mim não tem andança para esta carruagem; não que ontem tenha feito borrada grande, mas porque não tem estofo: falha imensos passes transformando o que era um início de ataque em início de defesa, alivia para canto ou para a lateral quando não está pressionado e atrasa quando está, não dobra os companheiros, etc…
Uma menção honrosa também para o Souza…
não posso dar cartões castanhos a todos…se bem que há alguns jogos em que vários mereciam um…
já o Sereno…o Princípio de Peter aplica-se na perfeição…