O director de relações externas da FC Porto – Futebol, SAD, Vítor Baía, apresentou um pedido de cessação de funções ao presidente do Conselho de Administração, no qual demonstrou «o propósito de abraçar um projecto de natureza pessoal». A Administração compreendeu os argumentos aludidos, restando desejar-lhe os maiores sucessos na sua nova actividade, sem prejuízo de esperar que se criem condições para o seu retorno quotidiano a esta casa.
in MaisFutebol
Em 1999, quando regressou, deu-me uma das maiores alegrias como Portista. Sempre o respeitei como homem, sempre achei que tinha fibra e que me dava alento vê-lo com a camisola do meu clube ao peito. Fiz-lhe um site (o primeiro site de tributo a Vítor Baía em Portugal), fui às Antas falar com ele e depois de estar à conversa alguns minutos, deu-me os parabéns e ficamos por ali.
Onze anos depois, Baía sai do clube que lhe deu tudo e ao qual pagou de volta com juros. Muita gente mal intencionada vai decerto começar a espingardar sobre o porquê da saída, que desestabiliza blá blá pardais ao ninho. O homem merece fazer o que quiser fazer, digam o que disserem sobre a pessoa ou o jogador-agora-RP, e será sempre um dos factores que me fez mais Portista.
Força e boa sorte, Vítor. Tens aqui um teu criado para o que precisares.
UPDATE: declarações de Baía à Lusa:
“Foi para mim uma escola, um lar, uma família com a qual partilhei imensas e inesquecíveis alegrias e alguns, poucos, momentos difíceis.”
“É com um misto de emoções que hoje interrompo a minha ligação profissional de mais de 20 anos ao clube do meu coração. Foi para mim uma casa de emoções onde aprendi tudo, não apenas dentro mas também fora das quatro linhas”
“Retribuí com toda a dedicação e empenho e por isso me despeço com sentimento do dever cumprido”
“Virada esta página, todos sabem que nos últimos anos abracei paralelamente outra causa, a Fundação Vítor Baía 99, uma causa nobre que exige de mim uma ainda melhor dedicação e atenção. Esse é o meu projeto do momento e ao qual me irei dar como sempre dei em tudo o que fiz a 100 por cento”