Numa altura em que se fala tanto da permanência ou não do capitão no clube e quando o interesse do Lyon parece estar novamente aceso, fiz umas pesquisas para avaliar a evolução de Bruno Alves ao longo da sua carreira no FC Porto:
Março 2000
Ainda em idade júnior, depois do primeiro jogo pela equipa B: ”O futebol é a minha grande paixão. Abandonei os estudos por opção, pois o meu pai nunca me obrigou a jogar futebol”
Sobre o irmão Geraldo: ”Se tiver de o defrontar jogarei com naturalidade mas, dentro de campo, será como se não o conhecesse. Desejo-lhe que seja tão feliz no Benfica com eu estou a ser aqui”.
Abril 2002
Na selecção de Sub-21: “Sinto-me bem porque conheço a maior parte destes jogadores. Vai ser diferente e, estando aqui, é legítimo pensar que posso ser chamado ao Europeu. Estou disponível e vou procurar corresponder à chamada do ‘mister'”
Maio 2004
Antes do Europeu de Sub-21: “Não existe, até porque já integramos as selecções há alguns anos e jogamos quase todos na SuperLiga ou em clubes estrangeiros de bom nível. Ansiedade, só mesmo para que a competição se inicie”
“O estágio aqui na Covilhã foi muito positivo. Todos os jogadores demonstraram a união existente neste grupo, preparando-se para um grande Campeonato da Europa. Conhecemo-nos há muito tempo, temos bom relacionamento e, em território alemão, pretendemos deixar imagem positiva, como sempre”
“A base da equipa está definida há muito tempo e até os que chegam agora têm percurso nas selecções mais jovens; portanto, conhecem a filosofia, estão identificados com os métodos e torna-se simples interiorizar as ideias do treinador.”
Agosto 2004
Sobre o empréstimo ao AEK: “O AEK é mais um projecto na minha carreira. É uma equipa que luta pelo campeonato grego, para além de disputar a Taça UEFA. Vou tentar dar o meu melhor aqui para poder regressar ao FC Porto no final da época.”
“Senti que com [Del Neri] não teria muitas oportunidades. Certamente ia jogar menos porque haveria outros jogadores a lutar pelos lugares. Acho que ele não contava muito comigo mas respeito as opções. Acredito em mim e no meu trabalho, pelo que não me sinto injustiçado. Foi uma opção que fiz, porque achei que seria o melhor para mim.”
“Pensei nisso. Se calhar com [Fernandez] teria novas oportunidades. Agora até podia chegar lá e ficar no FC Porto. Costuma-se dizer que cada cabeça sua sentença. As escolhas dos treinadores não são iguais e quem sabe se eu não teria a minha hipótese. Mas agora já é tarde. Está tudo resolvido e vou jogar no AEK. Espero fazer uma boa época e jogar muito para poder regressar ao FC Porto. Desta vez, espero que o regresso seja definitivo.”
Março 2005
Ainda no AEK: “[O título] não é o nosso objectivo. Estamos a formar uma equipa. Há um projecto a médio prazo para colocar a equipa ao mais alto nível. Estou muito satisfeito com a experiência no futebol grego. Tenho tido muito apoio dos colegas e da equipa técnica. Tem sido muito bom… deveria ser assim em todo o lado. Estou bem aqui, mas também gostava muito de regressar ao FC Porto.”
Fernando Santos acrescentou: “Já se mexe com grande à vontade em toda a cidade. Como fala muito bem o inglês não tem tido problemas. Também tem sido titular em todos os jogos e com excelentes prestações.”
Junho 2005
Sobre a possível integração no plantel de Adriaanse“Sei que também depende muito de mim, mas estou à vontade porque acredito no meu trabalho. Acima de tudo, acho que chegou a altura de ficar. Sinto que cresci muito ao longo da última época. Para isso foi fundamental a ajuda do ‘mister’ Fernando Santos, que sempre me apoiou. Vou apresentar-me no dia 4 de Julho e realizar a pré-temporada. Tenho uma grande confiança que posso ficar.”
“O FC Porto tem excelentes jogadores, mas estou confiante que posso marcar a minha posição.”
Setembro 2006
Antes do jogo no Emirates frente ao Arsenal: “Todos os jogadores do FC Porto já tiveram pela frente estes grandes jogos. Estamos habituados a conviver com eles há já algum tempo. Esperamos um Arsenal forte no seu global, mas estamos preparados para entrar no jogo e cumprir o que o treinador nos pede. O Henry é difícil de travar, mas vamos tentar travá-lo e se possível sem faltas.”
Outubro 2006
Antes da deslocação a Alvalade: “É bom não esquecer que demos uma resposta capaz após duas derrotas consecutivas. E não digam que tivemos jogos fáceis; nós é que os tornámos fáceis. Temos três jogos muito difíceis pela frente e devo salientar a atitude desta equipa. Falamos entre nós e temos trabalhado juntos para que possamos crescer.”
“Temos de entrar com uma boa atitude, dar tudo e ganhar o jogo. Todos querem ganhar ao FC Porto, por isso, há que ter concentração máxima e estar a alto nível.”
Novembro 2006
Entrevista a Jorge Maia, n’O Jogo: “O professor Jesualdo Ferreira tem-me motivado muito e tem demonstrado uma preocupação muito grande com os aspectos defensivos. Ele é um treinador perfeccionista e muito inteligente, com uma enorme preocupação com os aspectos técnicos e tácticos. Para além disso, fala muito com os jogadores e sabe exactamente o que dizer em cada momento para nos manter motivados. Foi muito importante para a evolução da equipa como um todo, da defesa em concreto e de mim próprio em particular.”
“Em relação à última temporada tenho conseguido exibições mais seguras, mais eficazes e mais conseguidas. Acho que isso é, fundamentalmente, uma consequência directa do trabalho realizado pelo treinador e da confiança que ele tem demonstrado em mim, especialmente durante esta fase inicial da temporada.”
“Sou exactamente o mesmo jogador. No início desta temporada joguei com imensa pressão em cima, por causa do que tinha acontecido na última temporada, mas eu sou exactamente o mesmo jogador que era no ano passado. Sou o mesmo, mas sinto muito mais confiança, a confiança que foi depositada em mim não só pelo treinador, como por toda a equipa técnica e até pelos meus companheiros.”
“Acredito que as pessoas ficaram muito fixadas naquilo que aconteceu na última temporada. Este ano senti que havia algumas dúvidas entre os adeptos mas também entre alguma crítica em relação à minha utilização. Mas acho que tenho provado que tenho condições de jogar e agradeço muito ao professor Jesualdo por ter confiando em mim quando ou
tras pessoas duvidavam. De resto, também tenho que lhe agradecer por tudo o que me tem ensinado, ajudando-me a evoluir como jogador. Graças a ele sou um jogador mais inteligente e tento aproveitar tudo o que ele tem para me ensinar porque acho que ainda há margem para evolução.”
“É verdade que temos estado muito bem. Depois de um ciclo de jogos que era muito difícil estamos na frente e isso tem que ter algum significado. Temo-nos apoiado uns nos outros para ultrapassar as dificuldades e temos todos, e eu em particular, assimilado cada vez mais a mensagem que o treinador tem tentado passar.”
“Acho que a qualidade do plantel tem facilitado a vida ao treinador. Uma mudança tão radical como aquela que aconteceu no estilo de jogo é muito difícil de assimilar tão depressa. Acho que conseguimos absorver as mudanças de uma forma muito positiva, dando uma resposta rápida às necessidades de um estilo de jogo completamente diferente.”
“O FC Porto tem óptimos defesas, todos eles, mas de facto jogar ao lado do Pepe é muito fácil. Ele é um jogador moderno, um defesa muito forte fisicamente, imperial no jogo aéreo, rápido e muito bom tecnicamente. É um jogador que reúne todas as condições para ser perfeito naquela posição, o que facilita imenso a vida a quem joga ao seu lado. Não tenho dúvidas que beneficiei muito por tê-lo como companheiro no eixo da defesa, para além de me ter dado toda a confiança que precisava para me afirmar na equipa.”
“O nosso entendimento tem dado alguma margem de manobra ao treinador. De qualquer maneira, as mudanças nas laterais também serviram para o professor testar algumas alternativas e perceber se determinados jogadores podiam ser opção sem perda de rendimento da equipa. O Bosingwa tem jogado muito bem e, logo depois daquele precalço disciplinar, voltou a jogar a um bom nível e tem estado muito bem na equipa. Conhece bem a equipa e é uma mais valia, tal como o Fucile, que pode jogar dos dois lados sem problemas, e o Cech, que é um jogador muito regular.”
“Pedro Emanuel é o capitão e um jogador com muita experência, que já ganhou tudo o que havia para ganhar com a camisola do FC Porto vestida. O futebol é assim mesmo e, depois de um percurso brilhante nos últimos anos, teve a infelicidade de se lesionar e isso acabou por abrir-me a porta da titularidade. Tenho-me esforçado para estar ao nível do seu legado na equipa desde que o treinador apostou em mim, sempre consciente de que há outros defesas centrais no plantel do FC Porto com muita qualidade e que podem ser opção em qualquer altura. De resto, mesmo sem jogar, o Pedro Emanuel tem sido importante para transmitir aos restantes jogadores um pouco do que é a mística do FC Porto. Está sempre no balneário, sempre junto do plantel, sempre a apoiar e faz parte da nossa família. Esteve sempre ao meu lado, a dar-me confiança. Sentimos todos que no FC Porto não há titulares, todos os jogadores têm condições para jogar e para serem titulares. Cada um deve aproveitar o seu momento ao máximo e não facilitar, porque o lugar nunca está garantido e há sempre a motivação para dar um pouco mais e correr um pouco mais.”
“Vítor Baía é um jogador da casa, que conhece profundamente a equipa, que também tem uma excelente relação com o treinador e não tenho dúvidas que é uma mais valia para o clube, mesmo que actualmente não jogue com regularidade. Isso vê-se na relação que ele mantém com o Helton, com quem discute a baliza do FC Porto. É um verdadeiro jogador de equipa e o que ele pretende é que o FC Porto ganhe, quer ele jogue, quer não.”
“Jorge Costa é o protótipo do líder, um jogador de elite e de grandes palcos. Na minha opinião a saída dele foi um pouco prematura, porque acredito que ele ainda tinha coisas para dar ao futebol e seria bonito vê-lo terminar no FC Porto. Mas toda a gente sabe o líder que ele foi no FC Porto. É uma pessoa excelente que me ajudou muito, nomeadamente em termos de posicionamento no campo. Só posso estar grato pelos momentos que tive o privilégio de partilhar com ele no FC Porto.”
“A minha experiência na Grécia foi fabulosa. Fui para lá depois de uma pré-temporada que não foi a melhor. Na altura, tive pouco tempo de habituação aos séniores do FC Porto e é muito diferente jogar nos escalões de formação ou na equipa principal. Nessas circunstâncias, a ida para a Grécia foi uma das melhores decisões da minha carreira. Adaptei-me bem ao AEK e até ao estilo de vida, arranjei excelentes companheiros, entre os quais o Katsouranis que me recebeu de braços abertos na equipa, tal como o Liberopoulos e isso para não falar no Fernando Santos e no Rosário que foram preponderantes para a minha adaptação lá. Só tenho coisas boas a dizer em relação ao tempo que passei na Grécia. Quando regressei ao FC Porto, tive propostas para voltar à Grécia e até para jogar noutras equipas que não o AEK. Mas nessa altura, o presidente Pinto da Costa foi preponderante para a minha permanência no FC Porto, convencendo-me de que o melhor para mim seria ficar por cá. Agora que estou a viver um bom momento na minha carreira, também tenho que lhe agradecer, porque foi uma pessoa exemplar comigo, nos momentos bons e nos momentos maus.”
“Gostei muito de trabalhar com Fernando Santos. É um grande profissional e um técnico muito evoluído tecnicamente. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, gosta de um futebol atacante e atractivo e foi um privilégio trabalhar com ele. Evoluí na minha forma de ser e de estar e isso reflectiu-se na minha carreira. È alguém que exige o máximo, mas é uma excelente pessoa também fora do relvado.”
“Neste momento estou absolutamente concentrado na minha carreira no FC Porto. Não sei o que pode acontecer amnhã e é verdade que qualquer jogador com condições para isso, acaba por pensar em emigrar mais cedo ou mais tarde. Contudo isso não é uma possibilidade actual, neste momento quero jogar muito tempo no FC Porto.”
“Fiz muitos anos nas camadas jovens das selecções, mas Portugal tem muitos e bons centrais, jogadores de referência mundial nesse sector. O Pepe, por exemplo, tem características excelentes para a posição, pode lá chegar, agora que se mostrou disponível para jogar por Portugal. Pessoalmente, estou mais preocupado em afirmar-me no FC Porto. Se isso acontecer um dia, ficarei muito feliz, mas essa é uma escolha do seleccionador nacional. Tenho que esperar. Sinto que estou a jogar num dos maiores clubes europeus e tenho conseguido uma grande regularidade em termos exibicionais e acredito que com o tempo e com uma evolução ainda maior, posso um dia chegar lá.”
Abril 2007
Em entrevista à revista Dragões: “[O meu pai] foi o meu primeiro treinador nas escolinhas do Varzim. A minha formação enquanto jogador principiou no Varzim e depois prosseguiu no F
C Porto. Joguei com o Postiga nos infantis, mas ele veio mais cedo do que eu para as Antas. Depois voltamos a estar juntos nos juniores e nas selecções. É um grande amigo.”
“Posso dizer que sim, que estou a viver um sonho. Estar a jogar a este nível e com regularidade é muito importante para mim. Vou trabalhar ainda mais para prosseguir a minha afirmação e ser uma peça ainda mais importante na nossa equipa.”
“[O AEK] foi muito importante para o meu amadurecimento. Para além do aspecto desportivo, também ajudou muito a nível social. Aprendi muito. Estar longe da família faz-nos crescer. Tive um ano muito bom, mas foi difícil. Joguei regularmente e penso que isso foi o alicerce para o que estou a alcançar no FC Porto. O Paulo Assunção também estava na equipa, o que facilitou a integração e ajudou a suportar as saudades da família e dos amigos.”
“[Na Grécia] tive duas situações em que joguei com estádios vazios devido a punições provocadas por distúrbios. Os gregos cobram muito, mas apenas quando acham que os jogadores não têm o comportamento ideal dentro do campo.”
“Quero vincar a minha posição e ser uma peça importante no plantel e neste clube. E ser novamente campeão nacional, claro!”
Julho 2007
Sobre a saída de Pepe para Madrid: “O Pepe é um excelente jogador e claro que vai sempre fazer falta, mas acho que o FC Porto tem alternativas e boas opções para o eixo da defesa, como o Pedro Emanuel e o João Paulo. É uma luta para ver quem vai ser titular, mas, se o treinador e a SAD acharem que faz falta mais um defesa, tudo bem, pois virá para ajudar”
“No FC Porto não há indiscutíveis. O plantel tem grande qualidade e todos podem jogar. Quem jogar vai tentar fazer o seu melhor. É isso que todos esperamos. Estamos todos aqui para ajudar a defender o título”
“Aprendi muito com os jogadores míticos que tive ao meu lado. Gostava de passar muitos anos no FC Porto e ser uma referência. É um dos melhores clubes do Mundo e toda a gente gosta de jogar nos melhores clubes.”
Novembro 2007
Depois de (mais) uma má exibição de Stepanov: “Não tenho uma noção muito clara do lance, até porque ainda não o vi na televisão. Mas o árbitro estava perto e não assinalou, enquanto o auxiliar, que estava muito mais longe, parece que viu bem o lance…vou esperar para ver na TV. Ainda não falei com o Stepanov e tenho de ver as imagens, embora não seja possível medir a intensidade na televisão. Não se tem noção…”
Dezembro 2007
Após uma partida em Guimarães: “A vantagem é importante, como foi conseguir ganhar, com alguma dificulade, pois o V. Guimarães tem uma equipa muito bem estruturada, mas o importante foi não sofrer golos.”
“Foi uma equipa das mais difíceis que enfrentámos no Dragão, mas o FC teve mais oportunidades. É verdade que temos tempos 10 pontos de vantagem mas ainda não ganhámos nada!”
Janeiro 2008
Em entrevista à SIC: “Estou focado em fazer um bom trabalho aqui e em estar bem na Liga dos Campeões. Quando se tem objectivos a curto prazo concentramo-nos neles, depois logo se vê.”
“[O Euro 2008] é um objectivo, sei que tenho forte concorrência, mas tenho esperanças de ser convocado.”
Fevereiro 2008
Antes do jogo com o Schalke: “Acompanhei sempre o FC Porto. Em Sevilha, vi o jogo com o Celtic na bancada, num ano em que estive emprestado ao Farense. Quando foi o jogo em Gelsenkirchen estava no AEK, mas também vibrei com essa vitória. É sempre assim, quer esteja cá a jogar ou não”
“O Nuno, o Bosingwa e o Pedro [Emanuel] têm transmitido ao grupo a experiência que viveram lá e isso vai ajudar-nos a encarar o jogo com o Schalke. Não estive em Gelsenkirchen com muita pena minha, mas vou aproveitar a experiência que o Bosingwa e o Pedro nos passaram. Isso é bom e deixa-nos prevenidos para muitas coisas”
“Primeiro, vamos procurar recuperar deste jogo [na Madeira], que foi extremamente difícil. Temos de nos preparar, pois queremos chegar lá, fazer um bom jogo e tentar ganhar. É esse o nosso pensamento”
“Conheço bem os avançados do Schalke, principalmente o Kuranyi e o Asamoah. Preocupámo-nos em observar as movimentações que fazem e vamos estar muitos atentos em campo”
“Temos feito um bom campeonato, mas ainda não ganhámos nada. Na Taça também estamos dentro das nossas expectativas. Nesta altura, diria que o meu desejo imediato é que o FC Porto consiga seguir em frente na Liga dos Campeões. Para isso, peço desde já o apoio dos adeptos.”
Abril 2008
Sobre a sua agressividade: “Todos os dias treino para ser mais forte, mais rápido, mas há pessoas que querem descaracterizar o futebol. Como defesa que sou, tento sempre jogar o mais limpo possível, mas cada um é livre de dizer o que pensa”
“O lance com o Jorge Gonçalves [do Leixões] não foi intencional. No final do jogo falei com ele e também com o árbitro. Apenas disputei a bola e, depois, com o movimento do corpo sinto que lhe bati nas costas.”
“Deixo isso a quem diz respeito, mas penso que não era justo se fosse castigado. Acho que o árbitro decidiu bem e ele não merecia as duras críticas que também lhe fizeram.”
“Este jogo que fiz com o Belenenses só vem demonstrar que não sou maldoso. Não fiz uma única falta, num sinal claro de que me limito sempre a disputar os lances…”
Junho 2008
“Sinto-me satisfeito e realizado”
“Tenho contrato com o FC Porto e vou apresentar-me. A partir daí, se houver uma oportunidade e o FC Porto achar que é o momento certo, vamos ter tempo para ver e estudar”
Agosto 2008
Jesualdo sobre Bruno Alves: “Viu dois amarelos em toda a Liga e na Champions, nos 16 jogos que já fizemos nessa competição desde que estou no FC Porto, também só viu dois amarelos. E um deles foi num jogo na Turquia, contra o Besiktas, em situação de ajuda a um colega.”
“O Bruno foi nomeado pela UEFA para demonstrar capacidades técnicas e individuais defensivas. Foi um jogador escolhido pelos técnicos da UEFA e não se escolhe ninguém para estas coisas que, à partida, seja um mau defesa ou fure as regras, sendo violento e agressivo.”
“É um atleta de topo, é da elite do futebol mundial e é muito útil à sua Selecção. Vamos ser claros: durante um jogo, ele sofre mais faltas do que as que faz. A falta pela qual foi censurado no jogo com o Sporting não pode ser criticada. Temos de pedir a um expert nesta matéria para provar que, à luz da biomecânica, é impossível saltar com taman
ho grau de impulsão e ficar imune a tocar em alguém. Já percebemos que a forma de jogar contra o Bruno Alves é não saltar.”
“Ninguém pode partir com estigmas por factos passados. Vejo-o discutir os lances com energia e virilidade. Ele é um atleta leal mas muito forte. Há uma campanha desde a época passada, chegou-se a perguntar como era possível este indivíduo andar a jogar. É uma forma pouco honesta de tentar aniquilar um jogador.”
Setembro 2008
Antes da derrota por 0-4 com o Arsenal, em Londres: “O ponto mais forte do Arsenal é mesmo a equipa. Sabemos que tem jogadores de classe mundial em todo o campo. São fortes pelo conjunto. Espero ter trabalho, mas eu e a equipa estamos preparados para estes jogos e para estes ambientes”
“Arsenal sofre golos de bola parada? Não vejo as coisas por esse lado. Podemos tentar aproveitar. Vamos ver amanhã, mas sabemos que temos outras coisas a fazer dentro de campo. Não sofrer golos é sempre bom, claro, pois pode permitir alcançar um bom resultado”
Outubro 2008
Depois do jogo de Alvalade, falando sobre Jesualdo: “Ele tem trabalhado bem. Tem acreditado no trabalho de toda a gente, no meu e eu fui-lhe dedicar este golo, e esta vitória, porque ele merece. Passou por muitas coisas e acho que é justo ele sentir-se apoiado por todos os jogadores.”
“É sempre bom ganhar neste estádio, que é difícil, frente a uma equipa difícil. Depois de uma derrota que foi pesada para nós, é importante voltar às vitórias. Estes jogadores demonstraram uma grande personalidade, carácter. Fizemos um bom jogo. O [FC] Porto ganhou de forma justa. Não acredito em vinganças, mas sim em trabalho e nós temos trabalhado bem. Temos estruturado novamente a equipa, pois sofremos muitas baixas desde o ano passado, e temos de dar tempo para que os jogos corram melhor e nós apresentarmos um bom futebol. Penso que daqui para a frente vamos assimilar as vitórias como também aprendemos com as derrotas”
“É um capítulo que tenho treinado bastante nestes últimos tempos. Aproveito também para dizer que o Jesualdo tem apostado em mim e acreditado no meu trabalho. Agradeço à equipa, que me tem apoiado bastante, tem tido paciência comigo e tem-me apoiado bastante. Antes, o Quaresma era a pessoa indicada para o fazer e fazia-o bastante bem. Chegou o meu momento e a minha oportunidade e tenho trabalho bem. As coisas têm corrido de feição. Toda a gente tenta dar o melhor de si para que a equipa ganhe.”
Novembro 2008
Depois de confrontar os adeptos após a derrota com a Naval: “Senti que estavam descontentes e, mais do que nunca, precisamos de estar unidos. Confio em toda da estrutura deste clube: jogadores, treinadores, adeptos, funcionários e administradores. No caso particular dos adeptos, sei que não estão nada satisfeitos com o que se tem passado, mas acreditem que nós também não e que tudo faremos para voltar às vitórias em Kiev, porque esta situação em que nos encontramos não é normal.”
“Eles não estão satisfeitos, mas nós também não.”
Janeiro 2009
Em entrevista à Dragões: “Não me considero invencível, mas trabalho diariamente para ser cada vez mais forte e melhor. O meu papel na equipa do FC Porto é defender bem e fazer com a defesa seja muito forte. De certa forma posso considerar que tenho conseguido isso.”
“Um jogador ‘à Porto’ tem de conhecer muito bem a mentalidade do clube e já tem de ter características que se identificam com o clube. [No FC Porto] é mais fácil, apesar de requerer muito trabalho e dedicação, porque o clube proporciona imensas condições sejam elas de trabalho, médicas ou logísticas, que facilitam o nosso desempenho.”
“Acredito, essencialmente, que podemos sempre melhorar e que há sempre algo que pode fazer-se para mudar o rumo das coisas, mesmo tendo em conta que o futebol é rico em surpresas.”
“Depois de chegar ao nível do FC Porto, um jogador pode considerar-se de elite, mas eu sou uma pessoa normal, como todos os cidadãos. Faço as mesmas coisas, apenas tenho uma profissão diferente. As pessoas sentem que tenho um carisma diferente. Apenas isso.”
“O meu papel enquanto jogador é tentar ajudar a equipa e tentar passar a mentalidade do clube aos mais novos. Se isso é ser uma referência, então posso considerar-me uma referência. Por outro lado, é sempre motivo de orgulho ter jovens que querem ser como nós. Faz com que trabalhe ainda mais para ser cada vez melhor e conseguir níveis de performance melhores.”
“No futebol há sempre coisas a fazer. O passado já não conta e temos de fazer sempre algo novo e melhorar as nossas exibições. Estamos a disputar provas importantes e temos de estar sempre motivados para conseguir esses títulos. Os jogadores vivem de títulos. Quantos mais tiverem, mais valorizados ficam e mais importante é a sua carreira.”
“Acredito que estou num bom momento, mas como sou um jogador ambicioso e uma pessoa que quer ganhar e pensa sempre positivo, creio que posso fazer melhor. Exijo sempre mais de mim.”
“Gostava de ser uma referência, alguém imortalizado no clube…creio que todos os jogadores perseguem isso. Tento sempre dar o melhor, conquistar títulos e fazer coisas importantes. É assim que um jogador consegue ter uma ligação eterna ao clube e aos adeptos.”
Também em Janeiro 2009
Jorge Costa sobre Bruno Alves: “Olhando para o caso do F.C. Porto, um clube que estava perto de perder as suas referências, encontrou em Pedro Emanuel e agora em Bruno Alves aquilo que é a verdadeira mística do F.C. Porto. O Bruno tem todas as capacidades para passar esta mensagem, dentro e fora do campo, e está ao nível de figuras como Fernando Gomes, João Pinto, André, Jaime Magalhães, Vítor Baía, Rui Barros ou Jorge Costa.”
“O Bruno tem uma qualidade que deveria ser muito apreciada por todos os treinadores: a agressividade. É, sem dúvida, um jogador muito agressivo, mas não me parece que ultrapasse os limites. Por isso, e por jogar quase sempre nos limites, é susceptível de levantar algumas questões. Conheço o Bruno, enquanto jogador e como homem, sei que é uma pessoa leal e honesta. Leva a sua profissão muito a sério e joga nos limites. Quando se fica próximo nos limites, quer a jogar futebol, quer a conduzir um carro, acontecem pontualmente alguns acidentes. Não me parece que seja mais que isso.”
Março 2009
“Aqui trabalhamos com agressividade para roubar a bola, mas isso não é fazer faltas. No FC Porto dominamos os processos defensivos.”
“Trabalho com Jesualdo e aprendo muito com ele. Tenho evoluído imenso e estou-lhe muito grato por tudo.”
Abril 2009
Sobre o castigo a Pepe: “Sei que ele vai ultrapassar esta fase, como outras pelas quais já passou. Estou aqui para apoiá-lo. Sou um ombro amigo que ele pode procurar. Fiquei triste e já falei com ele, disse-lhe que isto já me aconteceu a mim.”
“Estou concentrado no FC Porto e neste final de época. Não sei o que vai acontecer, mas tenho contrato e estou focado no clube. Vou ajudar o FC Porto a ser campeão”
Ainda em Abril 2009
Após o jogo em Old Trafford, onde por azar fez uma assistência a Rooney: “Recebi a bola, pensei que o Helton estava sozinho, o Rooney apercebeu-se do lance e saiu na diagonal nas costas…foi mais inteligente, pensou rápido. Mas penso que no futebol acontecem falhas, eu falhei e acho que a equipa teve um comportamento fantástico e ajudou-me a superar e a fazer um resto de jogo positivo.”
Maio 2009
Após vencer o título: “Sinto-me bem, temos feito um trabalho muito bom, Acreditamos nos métodos do treinador, tivemos uma parte difícil da época, em que tivemos de repensar, tivemos de incluir os novos jogadores e isso não foi fácil. Fizemos uma época muito boa, tanto sendo campeão e pelo trajeto da Liga dos Campeões. É sempre bom ser campeão, mas ainda temos alguns objetivos esta época. Vamos preparar a Taça.”
“Tenho contrato com o FC Porto, sinto-me muito bem aqui, gosto de toda a gente. O futuro a Deus pertence.”
Depois da conquista da Taça: “Fizemos um grande trabalho todo o ano e depois do Campeonato conseguimos, agora, juntar a vitória na Taça de Portugal. Se foi o último título pelo FC Porto? Não sei! Vamos esperar para ver. Tenho um grande carinho por este gente, mas não sei. O que acontecer… que seja bom para o clube e para mim.”
Junho 2009
“As coisas estão um pouco indefinidas e vamos ver o que acontece. Também não posso adiantar muita coisa, mas ficarei contente com o que acontecer.”
“Ainda nada está definido, mas confio no FC Porto. Tudo tem corrido bem aqui e deixo tudo nas mãos do FC Porto e do meu empresário.”
“Qualquer jogador pretende sempre mais e desafios diferentes.”
“Nunca fecharei o meu ciclo com o FC Porto. Foi o clube que me deu tudo e ao qual estarei eternamente agradecido. Caso saia, terá de ser um bom negócio para todas as partes, mas deixo o meu futuro nas mãos dos dirigentes. Passo essa bola a eles e ao meu empresário, Jorge Mendes. Se ficar no FC Porto, continuarei feliz. Vou deixar as coisas acontecerem naturalmente.”
“Se o FC Porto achar que é bom eu sair tudo bem. Se não achar, tudo bem também. Não estou descontente no FC Porto.”
Julho 2009
Pinto da Costa sobre Bruno Alves: “Se tiver que ir embora, irá, mas faremos tudo para que não vá.”
“É um jogador que não queremos que saia, não só pelo seu valor desportivo, mas porque tem um grande significado por ter começado nas nossas escolas e porque tem as características, a raça e a alma do FC Porto”
Setembro 2009
Depois de receber o Dragão de Ouro“É para isso que trabalho, para ganhar títulos. Para que as coisas aconteçam. Trabalhamos sempre para mais e melhor na carreira. Sou um jogador ambicioso. Trabalho sempre para conseguir coisas melhores no futuro. Renovar contrato com FC Porto foi importante.”
“Foi uma época muito boa em termos pessoais. Em termos colectivos também, mas ninguém vive do que já passou. Queremos o presente e futuro, que é ganhar mais e trabalhar melhor. Para já, estou concentrado em ajudar a equipa a fazer o melhor e a concretizar os seus objectivos. Não gosto de comentar outras equipas e clubes. Concentro-me meu trabalho.”
“Não gosto muito de comentar o trabalho dos árbitros. No futebol, toda a gente erra, jogadores, árbitros, e vai continuar sempre assim. Toda a gente tenta fazer o melhor que pode e sabe e não acredito que alguém faça alguma coisa mal de propósito. São coisas que acontecem.”
“É sempre importante ganhar, traz confiança. Mas às vezes perder também nos faz pensar no que pode estar mal, faz-nos refletir”
“Nunca acreditei em crise, nunca passámos por isso. Analisámos os resultados negativos com o intuito de melhorar. Acho que não merecemos a derrota contra o Sp. Braga, mas aconteceu e temos de estar preparados”
“Estamos habituados a ganhar e agora não pode ser diferente. Temos de manter a atitude e a mentalidade, não pode faltar concentração! Tivemos atitude, mas nem sempre as coisas nos saem bem. Temos coisas a trabalhar e a melhorar no futuro.”
Outubro 2009
Antes do confronto com o APOEL: “Independentemente dos outros resultados, olhamos para nós próprios e queremos é fazer um bom trabalho e ganhar.”
“No FC Porto temos respeito por todas as equipas, independentemente dos nomes. Cabe-nos fazer um bom trabalho e mostrar mentalidade vencedora dentro de campo. É nesse sentido que vamos trabalhar.”
“Para mim, que sou defesa, é um desafio para todos os jogos tentar que as outras equipas não marquem. O APOEL tem boa equipa, por isso mesmo está na Liga dos Campeões. Temos o conhecimento e sabemos a maneira que temos de os travar.”
“Para nós, que procuramos sempre mais e melhor, era decepcionante falhar o apuramento. Nem me passa pela cabeça ou dos meus colegas e toda a estrutura do FC Porto. Mas, como em tudo na vida e no futebol, temos de estar preparados. De qualquer forma, temos jogadores de grande qualidade, um plantel que trabalha sempre nos limites. Penso que vamos atingir os nossos objectivos.”
Confrontado sobre o atraso na Liga Sagres: “Pensamos em fazer o nosso trabalho, vencer os jogos e esperar pelos percalços dos outros clubes, sempre com o apoio do nosso público”
“Os assobios são normais, porque os sócios querem que o FC Porto vença sempre. Quanto aos jogadores, tentam fazer sempre o seu melhor, dar o máximo, para que isso seja possível, mas têm de saber lidar com essas situações. Em todo o caso, pedimos a compreensão do público.”
“É sempre um motivo de orgulho representar o FC Porto. Vou continuar a trabalhar da mesma forma, para que a equipa alcance os seus objetivos.”
Fevereiro 2010
Comentando um suposto desentendimento com Tomás Costa num treino: “Foi normal e já passou. Cá estou eu para dar o meu melhor em favor do FC Porto. Há que seguir em frente, como em tudo na vida. Quero ser sempre uma solução e nunca um problema”
“Em qualquer competição que entramos é para ganhar. Não queremos simplesmente participar, estamos aqui para vencer”
“Já conseguimos ganhar no passado e esse espírito mantém-se sempre presente”
Março 2010
“Fizemos um bom jogo, ganhámos e isso era o mais importante.
É nestes momentos que se vê a força da nossa equipa e dos nossos adeptos. Nunca desistimos nem nunca baixámos os braços.”
“Peço desculpas aos adeptos do FC Porto pelo jogo que fizemos contra o Arsenal e pelo facto de não os termos saudado no final. Estávamos envergonhados, não tínhamos cara para os enfrentar.”
Maio 2010
Após a conquista da Taça frente ao Chaves: “Tenho contrato até 2012, mas quero melhores condições de vida e na minha carreira.”
“O sentimento de ganhar é muito bom, mas saio triste pelo que se passou. Primeiro foi o golo validado injustamente e depois sou expulso daquela maneira. Chega a ser ridículo. Sou profissional, tento fazer o meu trabalho e vou triste e magoado com esta arbitragem.”
fontes: Record, O Jogo, MaisFutebol, Revista “Dragões”, RTP, Lusa, Sapo.pt