(foto retirada d’A Bola)
Esperei um pouco para escrever o artigo de hoje porque pensei que escrevê-lo logo a seguir ao término da partida podia fazer com que dissesse coisas demasiado a quente e perdesse alguma clarividência. Depois de 10 horas, estou igual, e o texto vai também sair igual. A primeira coisa que me apraz dizer é uma frase controversa (não polémica, entenda-se) sobre o jogo de ontem: o FC Porto tinha obrigação de ganhar. Leram bem, obrigação. A equipa do Benfica, à qual nos temos de equiparar sempre nos nossos confrontos, era uma equipa com ausências de vulto que se agravaram durante a partida, e nós tínhamos a obrigação de vencer. Ora o que aconteceu foi que perdemos e perdemos bem. Escalpelização abaixo:
BAÍAS
(+) Helton foi a única nota clara e coerentemente positiva da noite. Não inventou nem um milímetro, jogou simples, defendeu bem e em segurança e tentou sempre lançar contra-ataques pelos flancos, como se indicaria pela velocidade dos laterais. Os colegas nunca estiveram à sua altura.
(+) Varela foi dos poucos que tentou remar contra a maré vermelha, mas com o relvado da forma que estava e a pressão constante dos benfiquistas, aliada à falta de elementos azuis-e-brancos para o apoiar, impossibilitou algo melhor. É claramente um jogador para ser titular, no lugar do actualmente sobre-valorizadíssimo Hulk.
(+) Um Baía histórico: Ramires. É um jogador que é uma mais-valia impressionante, pelo que joga e faz jogar, pela alma que coloca em campo, por lutar contra o relvado, contra a lesão e contra o adversário com uma tenacidade que choca os seus oponentes e entusiasma os apoiantes. É destes jogadores que se fazem campeões e o brasileiro, com low-profile e sem vender muitas camisolas, é potencialmente um deles. Que o seja fora de Portugal!
BARONIS
(-) Começo pela frase com que abri a crónica e que aqui repito: o FC Porto tinha obrigação de vencer. Contra um Benfica sem Aimar, Coentrão e Di Maria, com Ramires tocado e Carlos Martins sem ritmo, tínhamos o plantel todo apto e pronto a jogar. O que se viu ontem no enlameado da Luz foi uma exibição desgarrada, sem construção de jogo, com graves problemas em lidar com pressão alta, sem conseguir rodar a bola por mais de 3 jogadores no próprio meio-campo e uma gritante ausência de atributos técnicos básicos. Ontem regredimos várias jornadas em termos de produtividade ofensiva e concentração defensiva, e apesar de quase nada poder ser apontado aos jogadores em termos de empenho, fica a imagem de uma equipa derrotada mentalmente, convencida que os outros são melhores só porque todo o mundo apregoa que tal é um dogma do futebol português em 2009, atemorizada pelo ambiente e pela festa circundante e incapaz de dar a volta aos seus próprios demónios. Ir jogar à Luz contra uma equipa enfraquecida, com ausências de peso em locais fulcrais…e vamos com medo e a defender? Fraco.
(-) Jesualdo continua a apostar em elementos chave para posições chave com resultados…como direi…de merda. Mais uma vez entra Guarín para o lugar de “criativo” onde, como foi evidente e esperado, não criou. Ou melhor, criou problemas acrescidos para os colegas do meio-campo, com falhas de posição atrozes, perdas de bola quase instantâneas, incapacidade de dominar as bolas mais fáceis e zero em termos de construção de jogo. Compare-se com Ramires. Está tudo dito. A somar a Guarín, temos Meireles e Fernando a ocupar um espaço de 15 metros à entrada da área. A mobilidade dos jogadores do Benfica foi chave para contrariar um esquema defensivo em demasia e com medo a mais para uma equipa que quer ser campeã. E depois vieram as tradicionais loucuras de desespero. Entra Farías! A bola não chega lá, estão dois pontas-de-lança a jogar no meio de duas estacas, sem hipótese de ganhar a bola pelo ar. Ah, então entra Belluschi! Agora? Com o campo neste estado? A 5 minutos do fim?…É absurdo.
(-) Hulk corre o risco de ser considerado como o jogador mais sobre-valorizado desde que o Secretário foi vendido por 300 mil contos para o Real Madrid. Nada há a acrescentar.
O que custa mais nestes jogos é perder sem sequer tentar ganhar. Foi o que aconteceu ontem. Perdemos o lanço que tínhamos vindo a ganhar e apesar do campeonato ainda estar perfeitamente ao alcance, há que recuperar a equipa mentalmente e dar-lhe outro ânimo, outra alma. Ou isso ou então ir buscar um ou dois jogadores a sério. Porque estes, neste momento, não dão confiança suficiente ao treinador para ganhar os jogos que não se podem perder…
Depois do completo banho que levamos ontem, mais uma vez ficou provado o que eu sempre disse: o Jesualdo não esta a altura do Porto. Entrar no jogo a medo com o benfica B não e atitude de campeão. Para mim já chega…
Jogámos mal sim senhora..mas devido ákele batatal axo k é justo não crucificar desde já a equipa..afinal de contas estamos habituados a jogar em relvados de jeito,como é prova o nosso do Dragão que é simplesmente impecável,o melhor da 1ªliga.em relação a jesualdo mais uma vez mostrou k n é treinador po FCP.
Foi uma derrota difícil de engolir, não tanto pelo resultado, mas principalmente pela fraca exibição, num retorno ao passado recente, apenas interrompido em duas ocasiões (Guimarães e Madrid).
Os problemas desta época (imprecisão no passe, perda de bola frequentes, incapacidade de construção de jogo ofensivo, desconcentrações comprometedoras, atitude desajustada e alguma falta de classe)reapareceram num jogo em que o FC Porto tinha tudo para ser feliz.
O adversário, longe da capacidade enaltecida pela propaganda panfletária dos pasquins, soube explorar as fraquezas há muito patenteadas pelos Dragões, com a protecção aqui e ali do habilidoso e mafioso Lucílio Calabote, acabando por levar a água ao seu moinho, num lance duvidoso, onde sobressaíram um conjunto dos defeitos apontados acima.
Pode-se especular se com Varela e Belluschi a titulares a exibição teria sido diferente.
Sinceramente, eu acho que o problema é infelizmente mais profundo.
Falta um patrão do meio campo e um avançado eficaz, diferentes dos que temos.
Ao que parece Pinto da Costa está satisfeito com o plantel! Como ele raramente se engana, continuarei a sonhar com o Penta.
Um abraço
Calma, gentes!
Não devemos esquecer que a época é de esperança, o mundo celebra a vinda do Jesus salvador, esta não seria concerteza a altura mais adequada para o Papa tirar o Jesus da manjedoura! É tempo de rabanadas, filhozes, avelãs e pinhões. Pinhões, sim! Ocorre-nos imediatamente a imagem de pinhões dactilógrafas que desgastam o verniz das unhas a teclar estórias de animais bovinas, mas que não estão no presépio e a quem lhes estalou o verniz… vêm como as coisas se encaixam?
Entretanto, uma estrela há-de brilhar sobre uma gruta de ferros vermelhos a indicar aos reis magos onde deixar os presentes:
. Ouro para ajudar o clube a sair da falência
. Incenso para alimentar a crença
. à falta de mirra, que já não se usa, mais coisinhas daquelas que os fazem correr que nem loucos, que os tornam em verdadeiros RedBulls, mais parecendo o Nuno Ribeiro a subir a serra
Depois disso haverá o carnaval, que como todos sabemos dura 3 dias, em que os foliões irão celebrar mais uma taça Lucílio Batista, e logo a seguir… Quaresma! Não, não consta que esteja de volta. Mas, como todos sabemos, é o tempo em que os crentes se devem preparar para a crucificação de… Jesus!
Vamos com calma que a coisa se há-de compor!
No entanto, um conselho ao Jesualdo: Fia-te na Virgem e não corras…
Ora do pouco que consegui ver do jogo, devido à banhada que um gajo levou (leia-se de água e de bola) e também devido à conhecida cordialidade dos adeptos vermelhos para connosco e ainda devido à quantidade de ganza que fumei (leia-se passivamente) graças aos meus queridos amigos SUPER, tenho a dizer apenas isto : Nao jogamos nada.
O benfica soube aproveitar o maior podre que temos esta época – qualidade de passe (ou falta dela).
O relvado nao é desculpa nenhuma, de onde eu estava, parecia-me o MEMSO para as duas equipas! ou nao?