É um facto inegável que a maior pressão que se verifica dentro de uma equipa de futebol recai sobre o treinador. Os jogadores estão lá para fazerem o que se pede deles, mas acabam por obrigados, uns mais que outros, a seguir as indicações daquele que alguns apelidam com ternurenta simpatia de mister.
É também um facto estatístico, de acordo com um estudo feito pelos criadores do Football Manager, o arqui-famoso jogo de futebol onde o jogador encarna a personagem do líder da equipa, do balneário e até um certo ponto, do próprio clube, que os treinadores tendem a ver o seu cabelo adquirir um tom grisalho aproximadamente 312 semanas após tomarem as rédeas de um clube. E esta é que me lixou.
Como a minha própria capilaridade craniana é diminuta, relaciono-me pouco com os problemas dos outros. Sempre que vejo um anúncio a champôs com bifidus ou zinc-piritióne ou lá o que raio é que espetam no frasco para vender mais produto, estou-me nas proverbiais tintas. Mas este problema é de facto interessante. Ora se um treinador ao fim de 312 semanas (aproximadamente 6 anos) já nota algumas brancas, que problema se colocará aqueles treinadores que nem 312 dias estão ao comando das respectivas equipas? Aposto que anseiam por ganhar o agrisalhamento (isto existe?) do cabelo, ostentando-o como uma marca de sabedoria e experiência.
Uma coisa é certa: Jesualdo já tinha o cabelo branco quando chegou ao Porto. E o look salt-and-pepper que já teve está a ficar bem mais salgado que apimentado. É o que dá ter de aturar Quaresmas e Hulks…