Quando ouvi falar da nova portaria sobre a reprodução dos animais em cativeiro, bem como a sua posse e exibição, imediatamente tive um calafrio. Algo se apoderou do meu sistema nervoso e, suando, sem conseguir dormir, pensei que o mundo estava em perigo. Como poderiam as pessoas normais viver sem ver os macacos a copular a céu aberto, em frente aos meninos que, mais desprevenidos, mencionam sem pudor: “Mãe, Mãe, aquele macaco está a matar o outro!”.
Mas havia mais. E a águia Vitória? Santo Deus, e agora? O que fazer?!
Nada a temer, diz Sandra Moutinho, assessora de imprensa do ICNB ao Record (ler aqui), até porque, e passo a citar as palavras da miúda, “A legislação incide sobre espécies que possam representar um perigo para as pessoas (…). Não é o caso da águia Vitória.”
Ora cá está. Alguma vez uma ave de rapina a voar livremente por cima das cabeças de dezenas de milhares de pessoas (algumas das quais a comer hamburgers e sandes de chouriço) em trajectória descendente com vista ao naco de carne que delicadamente está colocado no palanque em pleno relvado…poderia representar um perigo para as pessoas!? Isto só quem não tem coração…
Desde quando a águia representa um perigo seja para quem for?
o leão, acordando tarde como de costume, há-de ultrapassar a águia, se o Braga se aguenta para o ano investimos todos à pala do orçamento de estado mas 40 milhões para fazerem uma equipa. Foi assim no passado e há-de ser assim no futuro próximo.