Baías e Baronis – FCP vs Besiktas

foto tirada do site d’A Bola

Um jogo a pensar no resultado e para experimentar uma variação da táctica habitual. A mudança para o 4-1-3-2 foi estranha, no mínimo, e pareceu desfasada da realidade e longe da produtividade da equipa. Enfim, o jogo foi horrível mas o empate era o suficiente e agora encontramo-nos com os ingleses do Aston Villa na 6ª feira. Siga a rusga que hoje há bem mais Baronis que Baías:

BAÍAS
(+) Como disse contra o Lyon, acima de tudo, o resultado. Pouco mais a nível de exibição (ver Baronis abaixo).
(+) Fernando fez quase tudo bem. Muito bem nas dobras, excelente nas antecipações, rápido e prático a soltar a bola para o ataque, continua a mostrar porque vai ser sem dúvida uma das figuras do FC Porto desta época.
(+) Beto esteve impecável. Seguro, com boas defesas e a gritar como um louco quando orientava a defesa nos cantos e livres directos, a fazer lembrar Baía nos (muito) bons velhos tempos. Helton terá de ter muita atenção, o que só pode beneficiar a equipa.
(+) Álvaro Pereira esteve muito afoito no ataque, especialmente na segunda parte, onde apareceu muitas vezes a fazer o corredor todo e a ajudar Hulk no flanco esquerdo. Mostra já confiança e capacidade para segurar o lugar. Espero não vir a engolir estas palavras, mas Cissokho já era!
BARONIS
(-) Por onde começar…Guarín, claro. Continuo a não gostar dele e sempre que está em campo e perto da bola, tremo. Nunca se sabe o que vai fazer e não traz mais-valia nenhuma à equipa, mesmo tendo jogado numa posição que gosta, no meio-campo descaído para o lado direito. Passes erradíssimos, mau domínio de bola, fraca visão de jogo e uma displicência com a bola nos pés que faz do Kulkov um jogador rápido. Muito mau.
(-) Belluschi e Farías estão lentos, fracos e com pouca agressividade. Não me parece que Belluschi tenha o lugar garantido, e nos últimos dois jogos está a mostrar muito pouco. Farías é o costume, anda sempre escondido do jogo e quando aparece raramente mostra o suficiente para ser titular.
(-) O 4-1-3-2 até pode dar jeito nas competições europeias, mas terá que ser trabalhado e muito. A organização de jogo começa muito mais atrás, não há alas para se lançar a bola num “ai jesus toma lá e corre” que por vezes parece ser o credo dos nossos centrais, e a única coisa que se salva é mesmo Hulk não jogar fixo no centro mas sim atrás do ponta-de-lança a tentar ganhar espaços. Se é para apostar neste sistema, não vai ser para breve.
(-) A arbitragem deste jogo é um bom “vai à merda” a todos os que criticam os apitadores portugueses. Dois penalties claríssimos sobre Hulk que não são marcados e a impunidade com que os turcos (e o Miguel Lopes, diga-se) se safavam com as faltas que cometiam era absurda.
(-) Toda a defesa esteve bem, excepto Miguel Lopes. Muito nervoso, excessivamente faltoso (e com demasiada agressividade, algumas entradas parecia o Peixe) e pouco inteligente na marcação, terá que melhorar muito para ser alternativa a Fucile ou até a Sapunaru.
(-) O relvado estava num estado ridículo. Ainda bem que não houve lesões.
Se contra o Lyon a exibição tinha sido suficiente, contra o Besiktas nem pouco mais ou menos. Foi fraco, muito fraco. Acredito que a equipa esteja cansada, têm tido muitos jogos com pouco tempo de recuperação e realmente nesta altura não vale a pena andar feito louco a correr pelo campo fora para depois se lesionarem. Há que melhorar, no entanto, o ritmo de jogo, o nível de agressividade (da boa, não do Miguel Lopes) terá que aumentar e o futebol tem de ser mais prático e eficiente. Talvez o teste contra os Villains seja uma boa maneira de marcar a diferença!

4 comentários

  1. Exibição pouco conseguida, mas objectivo atingido. Voltamos a jogar sexta-feira frente aos ingleses do Aston Villa: será que vão jogar outra vez os mesmos ou vamos ter a oportunidade de ver, por exemplo, o Falcao e o Valeri, jogarem mais tempo?

    Um abraço

  2. Foi um jogo fraco, mas é como se diz, o primeiro objectivo foi comprido, a passagem às meias! Não percebo as escolhas de Jesualdo, de não pôr o Rodrígues (e o Maicon!) a jogar..
    Mas bem o Beto, a merecer mais tempo a titular.

    Um abraço, Gaspar

  3. Sinceramente, achei um dos piores jogos de sempre do Fernando pelo Porto. Sugiro uma consulta às estatísticas dos passes falhados, e é fácil ver porque penso assim.

    A verdade é que nem Bellushi nem ninguém apareciam para carregar o jogo, e muitas vezes era com Rolando e Bruno Alves a chutar para a frente que a bola chegava à àrea turca, valendo Hulk, que vai a todas, seja passes ou ressaltos.

    Farías jogou? Alguém o viu? Gosto do Varela, mas não percebo a euforia com o jogador, embora ache que tem margem para progressão. Em comparação com estes, acho as críticas a Guarin muito injustas. Não lhe vejo capacidade para se afirmar como titular, mas junto com Tomás Costa vai ser um jogador muito útil, em especial pela polivalência. Que treinador não gosta de ter no banco um jogador que pode entrar para qualquer posição no meio-campo (em caso de necessidade)?

  4. Não concordo nada com a crítica ao Guarín.
    Do meio campo portista até acho que foi o melhor.
    Mas saõ opiniões!

    Caro Carlos,
    No jornal Ojogo o Fernando foi eleito o melhor em campo, xD.

    Abraço

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